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Enviada em: 25/05/2018

A dificuldade na inclusão de autistas evidencia que o Brasil encontra-se em um período de distorção de valores e preceitos morais, que afetam os direitos humanos. Assim, desde a sociologia, com a teoria de Émile Durkheim sobre o que é um fato social, até a constituição de 1988, que garante direitos sociais, vê-se a sociedade em conjunto das causas sociais. Desse modo, é notório que os desafios na inclusão de pessoas com autismo são problemas que abrangem toda a população, ocasionados pela falta de educação social e pelo preconceito e desencadeando a segregação dos autistas.      Em primeira instância vale ressaltar que o preconceito com autistas é uma distorção de valores morais e agrava a dificuldade da inclusão social deles. O preconceito é mais visível no mercado de trabalho, pois os proprietários não contratam pessoas com essa doença devido às suas limitações. Assim como Durkheim abordou, o fato social é a maneira coletiva de agir, sendo assim, se a sociedade não é instruída tende a adotar esse comportamento preconceituoso. Assim, é notório que a falta de educação social e a exclusão dos autistas resulta na falta de diretrizes em prol de uma sociedade mais ajustada em relação à inclusão dos portadores dessa doença.    Nesse âmbito, a falta de acessibilidade nas escolas também é um fato prejudicial aos autistas. Os portadores dessa doença precisam de acompanhamento e ensino especial, no entanto, a maioria das escolas não oferecem esses serviços. Com isso, os autistas tendem a viver na clausura do privado devido às dificuldades de se inserirem na sociedade. Dessa forma, a segregação dessas pessoas é crescente e a visibilidade cada vez menor em virtude do isolamento que são obrigadas a adotar. Em suma, vê-se que esses fatos rompem com a harmonia proposta pelos direitos sociais de mesmas garantias para todos prevista na constituição de 88.    É pertinente, logo, concluir que a dificuldade na inclusão de autistas é um problema e há imprescindibilidade de mudar os paradigmas dessa problemática. Dessa maneira, faz-se necessária a aquisição de novos valores, através de oficinas educativas e plataformas digitais, a exemplo do Facebook e Twitter, efetuadas pelos órgãos municipais e estaduais, a fim de conscientizar sobre a necessidade de dar oportunidades aos autistas e cessar o preconceito. Outra medida plausível seria a capacitação e implantação de profissionais para acompanhar essas pessoas em escolas públicas, com o apoio do Ministério da educação, com a finalidade de permitir que os autistas tenham os mesmos direitos e estudos que os outros estudantes. Desse modo, é primordial a diligência de toda a sociedade brasileira para adquirir as modificações necessárias. Parafraseando Immanuel Kant "Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço".