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Enviada em: 25/05/2018

O Darwinismo Social, ideal sugerido no século XIX, calcava-se na ideia de que existiam culturas superiores as outras. O preconceito, então, passou a ter um viés científico na tentativa de justificar a dominação de indivíduos  menos favorecidos. No entanto, mesmo sendo uma ideia antiga, ainda encontra respaldo em diversas ações humanas, como os desafios ainda encontrados para a inclusão de pessoas autistas no Brasil, cujos efeitos se dão pela negligência governamental e o desconhecimento populacional acerca da doença.        É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Conforme Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Entretanto, é possível perceber que no Brasil, a falta de investimentos no tratamento e no diagnóstico de pessoas autistas rompe essa harmonia; haja visto que, embora esteja previsto na Constituição Federal de 1988 o princípio da isonomia, no qual todos devem ser tratados igualmente, muitos cidadães se utilizam da inferioridade para externar ofensas e excluir socialmente pessoas autistas.      Ademais, é importante salientar que também dão subterfúgios ao quadro vigente deficitários sistemas educacionais e o despreparo familiar e populacional. Segundo Immanuel Kant ''o homem é aquilo que a educação faz dele''; depreende-se, portanto, a importância dela na formação de valores hodiernamente ausentes para com as vítimas que sofrem com o transtorno neurológico. Outrossim, o despreparo familiar e populacional a respeito da doença faz com que o autista seja ainda mais excluído socialmente no meio acadêmico e profissional. No qual, por sua vez, corrobora com a  persistência dos desafios ainda encontrados para a inclusão do deficiente autista.        De modo exposto, percebe-se que os desafios carecem ser solucionados e tem bases antigas, mas que podem ser superados. É mister por parte do Governo implantar e fiscalizar as leis de inclusão de pessoas autistas nas escolas e no mercado de trabalho incluindo-os assim na sociedade. Além disso, a falta de investimentos nas pesquisas faz com que o tratamento e o diagnóstico  sejam ainda mais difíceis, fazendo-se necessário mais incentivo e verbas para se ter mais informação a respeito do problema. De outro lado, também faz-se necessário uma maior abordagem da mídia e das escolas através de propagandas, anúncios e palestras por parte da escola conscientizando e alertando sobre a importância da atenção familiar para o comportamento dos filhos, pois quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances a criança terá de levar uma vida normal em sociedade.