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Enviada em: 25/05/2018

"Em um mundo onde existe uma riqueza de informação, existe frequentemente uma pobreza de atenção." A máxima do político Ken Mehlman ilustra o contexto hodierno brasileiro, no qual,  apesar dos mecanismos de informações existentes, que revelam a importância de uma sociedade inclusiva, as desigualdades ainda se fazem presentes, em proporções cada vez maiores. Desse modo, evidenciam-se as políticas públicas ineficientes, bem como a escassez de profissionais especializados em cidades do interior. Destarte, é imprescindível que o Estado reformule as medidas adotadas através de mais campanhas sobre o autismo, visando um diagnóstico mais preciso e rápido.    A priori, a atual conjuntura social tem se mostrado cada vez mais parcial e elitizada. Nessa perspectiva, os investimentos realizados pelo Governo para assegurar uma educação mais inclusiva, por exemplo, para as crianças autistas são praticamente nulos diante do crescente número de casos. Em face dessa conjuntura, o ingresso tardio ou o abandono escolar tornam-se práticas recorrentes, principalmente em cidades do interior por não oferecerem todo o suporte necessário para essas pessoas dificultando, assim, a formação dos mesmos, como também a sua participação no mercado de trabalho.     A posteriori, a falta de profissionais capacitados para o diagnóstico completo acerca da doença é ainda um agravante da situação. Haja vista que a maioria dos especialistas se encontram nos grandes centros urbanos, provocando uma falta de assistência em hospitais do interior. Em decorrência disso, para garantir um acompanhamento médico completo as famílias tem que se deslocar grandes distâncias até a capital de seu estado em busca de auxílio, contrariando, assim, o artigo 196 da Constituição de 1988, por não oferecer saúde de qualidade e igualitária para todos.      Desse o exposto, fica evidente a iminência em cessar a problemática. Assim sendo, o Estado deve assegurar a melhoria de políticas públicas relacionadas a educação para autistas, por intermédio da adoção de parcerias com empresas privadas, criando acordos para o restauro das estruturas escolares tornando-as mais acessíveis, além de estimular a inserção dos jovens nas instituições de ensino superior, com o objetivo de garantir sua formação completa e consequentemente o ingresso no mercado de trabalho. Paralelamente, as Universidades que ofertam cursos nas áreas médicas e de tecnologias acessíveis, em parceria com o Governo, podem desenvolver ações que levem uma maior especialização para médicos do interior promovendo uma maior assistência, através de campanhas governamentais contínuas, mobilizações, com o fito de atingir o bem-estar coletivo, cumprindo a Constituição.