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Enviada em: 27/05/2018

Brasil, um país mundialmente reconhecido por sua constituição cidadã tem suas controvérsias no que diz respeito a eficácia de suas leis que garantem a igualdade entre todos. Isso é observado em diversos aspectos, sendo um deles, a forma como a sociedade se relaciona com os portadores do espectro autista, baseando-se em desinformação, indiferença ou preconceito. No entanto, é possível e imprescindível a formação de cidadãos que auxiliem no cumprimento da lei no campo social e no educacional, concomitantemente.   Embora o inciso V do artigo 2º da Lei do autismo garanta a capacitação de profissionais e dos pais ou responsáveis para lidar com os portadores da síndrome, a discrepância entre teoria e prática ainda é notável. Pois além dos diagnósticos e tratamentos ainda serem imprecisos e nem sempre acessíveis, ainda há a dificuldade social e orçamentária de instituições públicas e privadas de ensino regular em incluir autistas, deixando 50% fora da escolaridade, e contratar acompanhantes especializados para melhor atender e entender suas necessidades.  Esses e outros obstáculos, ademais, estão presentes em toda conjuntura social brasileira, pois é observada grande falta de instrução e preconceito ao considerar autistas como incapazes de se relacionar social e afetivamente; levando à marginalização e à restrição de áreas profissionais e civis, que eles podem atuar. Inegavelmente, as vidas de mais de 2 milhões de brasileiros portadores desse transtorno são dificultadas pela discriminação e pela não democratização das informações acerca do autismo.   Essa negligência, por parte das autoridades, priva essa parte dos cidadãos de seus direitos fundamentais. É, portanto, de responsabilidade do poder Executivo disponibilizar verbas para capacitação de profissionais da educação, através de cursos e palestras dados por profissionais e pesquisadores da área de saúde, para que esses estejam preparados para atender individualmente os portadores do espectro autista; bem como da mídia informar sobre essa síndrome nas programações de televisões, jornais de grande circulação, revistas e internet para que a sociedade entenda que o autismo deve ser tratado com atenção, paciência e normalidade, pois seus portadores, segundo pesquisas, sofrem mais que indivíduos ditos como normais com o isolamento.