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Enviada em: 30/05/2018

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma deficiência que afeta as capacidades socioeducativas do indivíduo, podendo ser desde o grau mais leve até o mais grave, em que a fala também é comprometida. Estima-se que existem cerca dois milhões de autistas no Brasil, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Apesar do alto número de incidência, a inclusão dessas pessoas é um verdadeiro desafio - pouca gente sabe o que é e como lidar, além do preconceito recorrente. Nesse sentido, faz-se necessário que medidas sejam tomadas para que a sociedade conscientize-se sobre o TEA e que a inclusão de pessoas acometidas com essa deficiência seja feita com facilidade, de forma eficaz e duradoura.       Em primeiro plano, vale ressaltar que a inclusão social é fator determinante tanto para o auxílio do tratamento, tanto quanto, evidentemente, para sua inserção na sociedade. Contudo, grande parte desconhece as formas de lidar com o autista, o que dificulta muito sua integração. Para que isso ocorra, é necessário que a população tenha consciência e lide com o autismo através do conhecimento, pois o caminho da inclusão passa pela informação. Uma pessoa com TEA com grau leve pode ter elevadas habilidades intelectuais, mas com alguma restrição comportamental (não gosta de ambientes com muitas pessoas, dos barulhos, etc.), ou com grau alto, onde restrições são maiores. Desse modo, é necessário entender que não se pode exigir habilidades que eles não podem desenvolver, mas, ao contrário, entender suas limitações para impulsionar suas qualidades.       Concomitantemente a isso, o preconceito que pessoas com deficiência psicossocial sofrem é diário, até mesmo de professores e diretores. Apesar de todo cidadão brasileiro ter direito à escola, a Lei nº 12.764 reforçou tal fato, pois estabelece que autistas podem se matricular em ensinos regulares, com sanções aos gestores que negarem as matrículas. Além disso, como o autismo não é uma deficiência que se possa reconhecer visualmente, gera confusão entre as pessoas, pois acham que estão "tirando vantagem" - há casos em que os pais de autistas precisam explicar, várias vezes, o por que do filho entrar nas filas preferenciais.       Torna-se evidente, portanto, que a sociedade brasileira precisa superar seus desafios para a inclusão dos autistas. É necessário que o governo, em níveis federais, estaduais e municipais, por meio de políticas públicas, desenvolva campanhas de conscientização do autismo para a população. Além disso, as escolas e ONGs em parceria devem, por intermédio de palestras e oficinas, desenvolver o respeito à diversidade para que o preconceito seja freado. Dessa forma, o país conseguirá solucionar o impasse e tornar-se mais igualitário e solidário.