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Enviada em: 27/05/2018

O autismo é um transtorno que causa problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da criança. Além disso, ainda são desconhecidas as causas da doença e a única forma de tratar é através de terapias, apesar de ser um tratamento paliativo. Assim, surge a problemática da dificuldade de inserção na educação e no mercado de trabalho. Ademais, o preconceito gera uma série de consequências em suas vidas. Por isso, combater tais fatores é fundamental para a inclusão social. De fato, o acesso à educação quando se trata de deficientes é muito precário no Brasil. Isso ocorre devido à falta de qualificação dos profissionais, que acabam por não saber lidar com portadores da doença. Em consequência disso, muitas crianças e jovens são privados da educação, que é essencial na construção de um cidadão. Equitativamente, a admissão ao mercado de trabalho se torna quase inalcançável em virtude do autismo. Sendo assim, os contratantes criam o estereótipo que o profissional será menos eficiente só por possuir a síndrome. Por conseguinte, esses indivíduos nunca conquistam um emprego e não se tornam financeiramente independentes. Outrossim, o preconceito é uma das piores situações enfrentados pelos autistas em razão de ter sido estabelecido historicamente e conservado na hodiernidade. Uma prova disso foi a Roma Antiga, onde tanto os nobres quanto os plebeus tinham permissão para sacrificar os filhos que nasciam com algum tipo de deficiência. Além do filme Um Time Especial, que apresenta um técnico de beisebol que chama um garoto com autismo para seu time. Nesse contexto, ambos terão que superar preconceitos e a rejeição de alguns jogadores para seguir em frente. Com isso, atualmente, muitos sofrem com o estorvo de não conseguir formar um círculo de amizades. Em função disso, são privados do processo de socialização, que segundo Weber, interfere diretamente no comportamento e ações dos indivíduos. Portanto, é incontestável a necessidade de enfrentar essa situação. Dessa forma, no que tange à falta de acesso à educação, é de dever do Ministério da Educação o fornecimento de cursos de preparação profissional para que os educadores saibam lidar com alunos que possuem necessidades especiais. Além do que, cabe ao Ministério do Trabalho permitir a liberação de mais vagas para deficientes. Do mesmo modo, no que diz respeito ao preconceito, as mídias devem criar campanhas de esclarecimento acerca do transtorno para que todos compreendam que o autismo não é sinônimo de inferioridade ou incapacidade. Dessa maneira, a intolerância será erradicada. Afinal, segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 ditada pela ONU, todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.