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Enviada em: 27/05/2018

O autismo ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), para psicologia, área da ciência que trata dos estados e processos mentais, são transtornos que causam dificuldades no desenvolvimento de práticas como a fala, comunicação, interação e outros aspectos sociais de um indivíduo. Sabe-se, hoje, que tal condição afeta um número expressivo de pessoas no Brasil e no mundo e que, com tratamento e abertura social, os pacientes podem adequar-se ao convívio social. No entanto, mesmo com parcela significativa da população sujeita a essa condição, o preconceito social e a negligência governamental denotam, desafios quanto a inclusão de pessoas com autismo em território nacional.       Em primeiro plano, vale observar que o preconceito que a sociedade direciona à esses indivíduos configura-se como grande limitador na inserção de pessoas autistas no país. Ao colocar-se em posição de desconhecimento sobre a condição - fomentado pelo tabu que envolve a temática, o que prejudica seu debate-, a população estabelece um juízo de valor negativo quanto os pacientes e adota posições excludentes em relação aos mesmos. Assim, a inclusão de pessoas condicionadas ao TEA esbarra em mais limitantes, no campo escolar ao profissional, quando dentro dessas esferas, são submetidas a uma série de conceitos pré estabelecidos sobre esses transtornos. De tal modo, a frase do ativista, Martin Luther King, "aprendemos a voar como pássaros e a nadar como os peixes mas não aprendemos a conviver como irmãos" faz-se presente também nessa conjuntura.       Outra figura limitante no processo de inclusão de pessoas com autismo no Brasil é o próprio governo ao mostrar-se, por vezes, negligente quanto atitudes voltadas para a mitigação da exclusão desses mesmos indivíduos. A carência de políticas de saúde públicas que promovam diagnóstico e tratamento dessa condição, bem como o reduzido número de programas estatais que promovam a divulgação e informações quanto os Transtornos do Espectro Autista, são exemplos de situações que denunciam um governo leniente quanto a medidas relacionadas ao redução de barreiras que prejudicam a inclusão de expressiva parcela da população, contexto que deveria ser inaceitável em um país democrático, cujo cerne repousa na promoção de bem estar social a todos os cidadãos.       Urge, portanto, que sociedade e governo cooperem mutuamente em função da maior inclusão de pessoas com autismo no Brasil. Do primeiro agente, espera-se a busca por maior empatia e interesse na busca de informações sobre TEA, a fim de reduzir os preconceitos contra os pacientes. A esfera governamental compete a criação de politicas de saúde pública, direcionadas aos indivíduos afetados por essa condição, além de formas de divulgar a realidade dessas pessoas por meio de aulas de teatro, previstas na nova BNCC, com seriedade. Dessa forma, alçará o país real status democrático de direito.