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Enviada em: 26/05/2018

Caracterizado como um distúrbio neurológico que prejudica a comunicação e o comportamento do indivíduo, o autismo afeta milhões de pessoas pelo mundo. Diferentemente da Antiguidade, na qual os Espartanos atiravam pessoas com deficiência de precipícios por os verem como ser utilidade, hoje autistas integram o corpo social e possuem seus direitos. No entanto, apesar de no Brasil existir políticas nacionais à favor do espectro autista, ainda há preconceito por falta de entendimento e  dificuldades de inclusão no ensino escolar     A falta de compreensão, por parte da sociedade brasileira em geral, acerca da totalidade da doença tem como resultado a rejeição de sujeitos com autismo. Por haver pouca informação sobre o transtorno, é comum que surjam mitos, como o de que autistas não gostam de pessoas, e tais mitos dificultam não só o diagnóstico como também o convívio com o espectro autista, fazendo com que o preconceito seja constantemente presente, um mal que, segundo Einstein, é mais difícil de dizimar do que um átomo. Logo, a interação social entre comunidade e indivíduo com autismo fica comprometida pela falta de entendimento.       Além disso, o sistema de ensino brasileiro não é inclusivo. Na série televisiva americana “Atypical”, em que o protagonista apresenta autismo de alta funcionalidade, fica claro as dificuldades enfrentadas em um ensino sem adaptações e, infelizmente, no Brasil a maioria das escolas, tanto públicas quanto privadas, não está preparada para entender as necessidades de crianças e jovens autistas, tendo como exemplo a falta professores capacitados para lidar com o transtorno. Dessa forma, com a carência de instituições educacionais que integrem adequadamente tais alunos, o acesso à educação de qualidade, um direito básico, se torna inviabilizado.      Portanto, a fim de possibilitar a inclusão dos autistas no Brasil e evitar sua discriminação, o Ministério da Saúde em associação com a mídia deveria promover campanhas, como a do “2 de Abril”, com maior visibilidade na sociedade, através do aumento da veiculação de propagandas que abordem os aspectos da doença, nas redes televisivas e sociais, e de debates em colégios. Ademais, cabe ao Ministério da Educação investir na adaptação das escolas, por meio de programas de capacitação de professores para lidar com o espectro autista, com o entendimento das necessidades desses alunos, por exemplo. Visando, assim, provir educação de qualidade e com adequações para jovens e crianças com autismo.