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Enviada em: 27/05/2018

A ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, com o objetivo de difundir informações para a sociedade sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas por esta síndrome. Ao passo que a sociedade esteja abordando temáticas com o intuito de promover a inclusão dos autistas. Em contrapartida, os casos de indiferença ainda são bastante pertinentes no Brasil. Isso se deve ao fato da precária infraestrutura oferecida a estes indivíduos, bem como aos desvios de valores morais e éticos da sociedade.          Em primeiro plano, vale ressaltar que, no Brasil, existe a Lei 12.764 que assegura direitos a pessoa com transtorno do espectro autista, como: integridade física e moral, atendimento multiprofissional, acesso à educação e outros. No entanto, a sua verdadeira inserção na sociedade ainda é bastante deficiente, evidenciando-se no âmbito escolar, que a pouca infraestrutura, aliada a baixa qualificação dos professores para com estes alunos, acabam por excluir os mesmos da escola. Desse modo, a evasão escolar, bem como a indiferença da sociedade, são os principais fatores que contribuem para a diminuição de uma possível interação social.            Além disso, cabe pontuar que paradigmas sociais corroboram para a permanência da discriminação. Nesse contexto, segundo o sociólogo Émile Durkheim, é na infância que os indivíduos passam pelo processo de socialização, ou seja, adquirem valores morais e éticos da sociedade em que se encontram. Nessa perspectiva, se a criança ou o adolescente conviver em ambientes marcados por sucessivas praticas antissociais, preconceituosa e exclusiva, há uma tendência para o desenvolvimento com determinados princípios. Nesse sentido, é de suma importância que por meio da educação sejam quebrados esses paradigmas, com o propósito de que os autistas tenham sua verdadeira inserção.            Percebe-se, portanto, que medidas são necessárias para a efetiva inserção dos indivíduos com transtorno do espectro autista. Assim, torna-se imperativo que o Ministério da Educação promova melhorias na infraestrutura escolar, bem como maior capacitação dos profissionais para que estejam aptos a lidar com as necessidades individuais do aluno, garantindo um ambiente de aprendizagem. Aliados a isso, instituições formadoras de opinião, como escola e família devem instruir os cidadãos por meio de debates e palestras, que primem a conscientização e práticas de solidariedade, dessa forma, possibilite uma boa vivência. Afinal, como já afirmado pelo escritor Gilberto Freyre: " Sem um fim social o saber será a maior das futilidades".