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Enviada em: 27/05/2018

A série "Atypical" conta a vida de Sam, um garoto autista de 18 anos que quer ter uma vida social equilibrada e busca a independência familiar. Apesar disso, ele precisa aprender a lidar com a manifestação da síndrome, que o impede de se relacionar com as pessoas com facilidade. Análogo ao seriado são as vidas de vários indivíduos portadores do transtorno. Em virtude disso, deve-se cogitar sobre os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil, o que se deve a fatores como desconhecimento populacional sobre o tema e preconceito social.            Em primeiro lugar, o autismo é caracterizado por um conjunto de fatores que causam problemas no desenvolvimento da linguagem, na comunicação, na interação e comportamento do portador. Por consequência, o indivíduo leva uma vida diferenciada dos demais e, isso, torna-o divergente em seu meio. Atualmente, estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas no mundo possuem a doença, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). No entanto, a falta de conhecimento do assunto por parte da população faz com que os envolvidos sejam tratados como “retardados” e excluídos do ambiente que pertence. Exemplo disso é a dificuldade de inclusão de alunos com autismo nas escolas, em que o despreparo dessas pode contribuir para manifestações de retração e estranhamento de todo meio acadêmico.           Além do mais, a sociedade em sua construção desenvolveu um pensamento repulsivo para com aqueles que possuem qualquer tipo de diferença, seja ela física ou mental. Essa postura social se apresenta de forma preconceituosa e feri o direito de cidadania dessas pessoas. Segundo o filósofo Jean J. Rosseau, o estado democrático deve garantir igualdade a todos. No entanto, o panorama atual revela o contrário do pensamento de Rosseau, pois, apesar de existirem leis que configura esses direitos, as sociedades os ignoram. Dessa forma, torna-se evidente as dificuldades que se tem para a inserção social desses indivíduos.           Infere-se, portanto, que a inclusão de autistas na sociedade possui dificuldades e é um problema que deve ser combatido. Para isso, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, deve criar programas como “ Conhecendo o Autismo”, o qual apresenta como proposta, para as escolas e comunidades, uma compreensão acerca do assunto, devendo-o se apresentado por palestras e cartilhas informativas. Somando-se a isso, é preciso combater o preconceito que cerca o conteúdo, sendo-o feito através de uma conscientização social que deve ser feita pela Comissão de Direitos Humanos. Frente a isso, a sociedade pode vir a ter uma mentalidade mais aberta e madura perante esse assunto.