Materiais:
Enviada em: 28/05/2018

Na novela “Malhação - viva a diferença”, a personagem Benê é portadora da síndrome de Asperger, um transtorno do espectro autista, e por apresentar dificuldades em se relacionar acaba sofrendo bullying no ambiente escolar, mas encontra na empatia das amigas um estímulo para a superação dos preconceitos. No mundo real, a inclusão das pessoas com autismo na sociedade ainda é negligenciada, tanto no acesso à educação quando na inserção no mercado de trabalho, mostrando que um longo caminho precisa ser percorrido.    Primordialmente, mesmo a Constituição de 1988 garantir o direito a educação muitos são os obstáculos para que isso realmente se efetive. Tendo em vista que, algumas escolas ainda recusam matrículas de alunos autistas, na maioria das vezes, por não apresentarem projetos de inclusão, profissionais qualificados ou grade curricular adaptada, usurpando, dessa forma, de uma população cada vez mais crescente segundo a Organização Mundial da Saúde- OMS- a moeda de ouro que tanto o Padre Antônio Vieira defendia, o ensino de qualidade.    Por outro lado, o preconceito faz com que a inserção no mercado de trabalho de indivíduos autistas ainda seja dificultosa. Já que, essas pessoas ainda são vista de maneira estereotipas como “incapazes” de assumir cargos no cenário econômico. Fato comprovado, a partir dos dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, em 2016, em que a cada 10 autistas, 2 participam ativamente no mercado.  Dessa maneira, por causa de ideias inverídicas muitas empresas acabam deixando de contratar profissionais com grande capacidade funcional e intelectual.    A inclusão de pessoas autistas continua sendo um grande desafio para o Brasil. Portanto, para que haja mudanças, cabe ao Ministério da Educação disponibilizar cursos preparatórios para professores   com o intuito de proporcioná-los a formação continuada no âmbito educacional com o objetivo de garantir uma educação adequada para os autistas. Ademais, o Ministério do Trabalho deve exigir às empresas uma quantidade mínima de vagas voltadas as pessoas com autismo  e penalizar com multas às que não adotarem a medida. Afinal, mais Benês precisam ter a oportunidade de vencer os preconceitos tão enraizados em nossa sociedade.