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Enviada em: 26/05/2018

Para ampliar a conscientização de todos, alguns temas devem estar sempre em pauta. Um deles é o Transtorno do Espectro Autista que no Brasil, segundo a CDC, atinge cerca de 2 milhões de pessoas. Após a Lei 12.764,sancionada em 2012, os autistas passaram a ser considerados oficialmente pessoas com deficiência, tendo direito a todas as políticas de inclusão do país. Entretanto  o precário serviço de educação pública do Brasil e a exclusão social vivenciada pelos mesmos,os impedem de usufruir desse direito na prática. Em primeira análise, a invisibilidade que as pessoas com algum tipo de deficiência recebem tanto da sociedade quanto do governo já é, por si só, um dos maiores desafios de inclusão. Certamente, a má formação socioeducacional da sociedade brasileira em relação ao autismo amplia ainda mais o problema. Além disso, programas como o Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva que tentam promover a generalidade na inclusão muita das vezes geram o contrário daquilo que se espera. Pois a inclusão deve ser gradativa e diferenciada para casos específicos. Outro ponto relevante, nesse contexto, seria o conceito de Modernidade Liquida dado por Zygmunt Bauman, que explica como na sociedade contemporânea  emergem o individualismo, a fluidez e a efemeridade das relações. Por conseguinte, estaríamos imersos neste panorama liquido dos nossos próprios problemas que acabaríamos por perpetuar a exclusão e a dificuldade de inserção dos autistas na sociedade por causa da  redução  do nosso olhar para aqueles que realmente precisam. Deste modo, urge que as Escolas proporcionem palestras e debates que envolam a comunidade e a família a respeito desse tema e promovam a formação de cidadãos que respeitem e valorizem as diferenças. Além disso, é fundamental que o Poder Público destine maiores investimentos a capacitação de profissionais da área de educação para que, quanto antes seja o diagnóstico da doença cada vez menos suas dificuldades afetem suas vidas.  Paralelamente a isso, cabe também ao Estado promover parcerias Público-Privadas para uma maior inserção deste grupo social no mercado de trabalho.Desta forma, poderemos um dia vencer os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil vivenciando uma inclusão que antes era apenas mais um ideal inatingível ,e fazer valer a frase de Albert Einstein “Para mim, vencer é nunca desistir.”