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Enviada em: 28/05/2018

Desde tempos remotos os muros são utilizados para separar territórios. Do mesmo modo as barreiras existentes pela falta de conhecimento são responsáveis pela segregação de indivíduos na sociedade. Nesse contexto com o avanço da ciência houve a apreensão de que as enfermidades advêm de diversos fatores dentre eles genéticos. Todavia, ainda assim muitos cidadãos, especialmente os que sofrem de transtornos mentais como os autistas, são excluídos de conviver em comunidade devido à ignorância humana. Com efeito, a superação do preconceito a essas pessoas torna-se um desafio à medida que mantêm-se barreiras médicas e educacionais. É imprescindível considerar que segundo o Instituto de Psiquiatria do HC de São Paulo mais de 90% dos brasileiros com autismo não recebem o diagnóstico nos primeiros anos de vida. Isso porque devido à raridade do problema, grande parte dos médicos, ainda não são treinados para identificar os transtornos do espectro autista. Por conseguinte, a falta de tratamento precoce diminui as chances desse cidadão desenvolver suas habilidades e deter uma qualidade de vida. Essa conjuntura, no entanto, coloca em evidência a diligência dos sistemas de saúde e a defasagem educacional dos próprios profissionais da saúde quanto à existência dessa mazela. Por outro lado, mesmo com o diagnóstico, o acometido pelo transtorno enfrenta a barreira de ser incluso em ambientes públicos. Nesse ínterim, a falta de conhecimento das características do problema pela grande parte da população provoca o preconceito. Assim, Hegel nos revela em sua filosofia que o mundo se transforma à medida que as pessoas obtêm educação. Dessa maneira, a persistência da discriminação ao indivíduo autista se faz presente em meio a uma sociedade pouco esclarecida. Fica claro, portanto, que para que a barreira segregacionista existente na vida dos cidadãos autistas possa ser derrubada, assim como ao Muro de Berlim, torna-se necessário o desenvolvimento, principalmente, de profissionais capacitados a diagnosticar a enfermidade. Assim, o Ministério da Saúde deve introduzir na grande curricular do curso de Medicina um treinamento para o pediatra identificar as características do transtorno,  como ao realizar exames genéticos e cognitivos específicos , a fim de que com o diagnóstico a criança possa ser inclusa na sociedade e obter uma melhor qualidade de vida.