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Enviada em: 26/05/2018

Em pleno século XXI, comumente associado à forte globalização e propagação de novas ideologias, o processo de inclusão dos portadores de autismo encontra-se defasado no país. Nesse contexto, é perceptível o ultraje ao Princípio da Isonomia, que representado pelo artigo 5º da Constituição Federal,  garante igualdade a todos perante a lei. Logo, o despreparo do corpo social torna a inclusão de autistas na sociedade hodierna um desafio.            Em primeira análise, é importante ponderar que embora exista uma legislação que ampara e protege o autista, esta não é amplamente divulgada, o que dificulta sua aplicação. Assim, grande parte dos portadores de autismo não usufruem de seus direitos primordiais devido à falta de informações e disponibilização de recursos para tal, uma vez que apesar da Lei 12.764/2012 assegurar a inclusão destes nos mais diversos âmbitos-sobretudo nas instituições de ensino- há uma deficiência velada na qualificação e oferta de profissionais especializados em educação especial. Dessa maneira, é transparente que há diversos impasses para a inclusão desse grupo no meio social.             Em segunda análise, é válido inferir que há considerável resistência e discriminação da sociedade perante os autistas. Tal situação possui suas origens correlacionadas à Segunda Guerra Mundial, onde na Alemanha Nazista de Adolf Hitler, inúmeras vidas foram ceifadas pelo fato de portarem necessidades especiais. Assim, fica claro que o preconceito resistente na sociedade atinge, de modo robusto, os portadores de necessidades. Outrossim, é importante salientar que o autismo não é um fator limitante do desenvolvimento humano, pois caso tratado de maneira adequada-junto a intervenções psicoeducacionais e orientação familiar-o autista floresce e alcança novas conquistas diariamente. Em 2014, o autista Lionel Messi recebeu o título de melhor jogador mundial na Copa. Nesse contexto, é evidente a valorosa possibilidade de superação pelos portadores de autismo.              Assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar a inclusão de autistas na sociedade brasileira. Posto isso, cabe ao Ministério da Educação disponibilizar recursos e formações gratuitas aos profissionais de ensino, com o fito de prepará-los e, dessa forma, garantir a inclusão plena; além disso, promover palestras educacionais acerca da síndrome para que o respeito e tolerância sejam instigados no meio social. Ademais, é imprescindível que o Ministério da Saúde disponibilize maior apoio aos autistas, com devida orientação às famílias e procedimentos que auxiliem no desenvolvimento da linguagem e comunicação daqueles. Por fim, o Governo Federal em parceria com os recursos midiáticos deve implementar campanhas de conscientização. Desse modo, Albert Einsten se orgulharia da sociedade brasileira por desintegrar o preconceito enraizado.