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Enviada em: 27/05/2018

As políticas de inclusão referem-se à inserção em diversos setores da sociedade de pessoas com algum tipo de deficiência ou desvantagem socioeconômica. Embora a promulgação, em 2013, da lei de inclusão de autistas se constitua como um avanço social em meio a tais estratégias governamentais, instituições e educadores, em geral, permanecem despreparados frente aos desafios da inclusão de indivíduos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).   As entidades de saúde e educação destacam-se entre as supracitadas. Pois, no que tange as questões de saúde, ainda não foi possível expor para a sociedade padrões exatos de comportamentos dos sujeitos autistas. De acordo com a psicoterapeuta Natalie Moore, "o autismo se manifesta de várias maneiras, e nunca é exatamente igual de uma pessoa para outra". Assim, certos padrões superficiais que envolvem a doença, como a dificuldade de estabelecer comunicação e vínculos sociais, são insatisfatoriamente relacionados ao problema.   Visto isso, as escolas e seus educadores enfrentam o desafio de entender as formas distintas de expressão dos alunos com o Espectro enquanto tentam estabelecer um canal eficaz para transmissão do conhecimento ao aluno. Segundo Rossana Ramos, professora da Universidade de Pernambuco e autora do livro Inclusão na Prática, o processo de compreensão desses alunos é diferente, há uma resistência a mudanças e uma sensibilidade ao barulho por parte dos autistas, por exemplo.   A fim de tornar a inclusão efetiva, portanto, é necessário o incentivo financeiro às pesquisas voltadas ao tema em questão. Nesse caso, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação deve destinar verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico para os projetos universitários. Ademais, cabe ao Ministério da educação incluir nos cursos de pedagogia uma componente curricular direcionada a instruir os futuros profissionais sobre o ensino às pessoas com necessidades especiais.