Educação artística A poesia marginal, anos 70, surgiu durante o governo militar como forma de oposição à censura ditatorial. É evidente que, o fim do regime não resultou na liberdade de expressão regida pela constituição. Nessa perspectiva, a restrição da expressão artística tem exigido uma reavaliação do comportamento social e político da sociedade brasileira. Em primeiro plano, observa-se uma constante censura quanto à maneira do artista de expressar seu ponto de vista. Uma vez que, o patrocínio cultural, em geral, é realizado por empresas privadas, nas quais a influência da opinião pública tem grande valia. Sendo assim, a expressão artística é limitada a aceitação de uma sociedade conservadora. Similaridade ao fato, ocorreu em Porto Alegre, onde o santander cultural cancelou a exposição por ter obras que desrespeitavam símbolos e crenças. Somado a essa questão, tem-se a ignorância na interpretação da obra, que aumenta a distância do autor com o espectador, levando a rejeição do incomprendido. Logo, a falta de incentivo governamental no desenvolvimento artístico contribui com o descaso público, afetando, principalmente, os estudantes que não tiveram educação artística na formação acadêmica. É evidente, portanto, o exercício pleno do direito à liberdade de expressão. Nesse sentido, é necessário que o Estado priorize a inserção educação artística na grade escolar, por meio de investimentos na formação de professores, sendo obrigatório visitas em museu e galeria de arte como atividade extracurricular, a fim de que esses jovens desenvolvam o senso crítico e o respeito pela arte e artista, corroborando assim, com a ideia de Immanuel Kant " que o ser humano é aquilo que a educação faz dele.