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Enviada em: 15/07/2018

É de conhecimento geral que, atualmente, os impactos ambientais causados pela malha viária é um dos problemas mais evidentes na sociedade brasileira. É mediante tal questão que, anualmente, toneladas de dióxido de carbono são liberados na atmosfera, o que colabora para o agravamento do aquecimento global. Nesse contexto, é indispensável salientar que a falta de planejamento urbano está entre as causas da problemática, haja vista a carência de ciclovias na maioria das cidades brasileiras. Diante disso, vale discutir a insuficiência da administração pública para com a mobilidade urbana sustentável e a importância da inclusão de meios de transportes alternativos para facilitar a fluidez dos cidadãos, bem como a atuação do Estado de modo a tentar solucionar tal impasse.      Em primeiro plano, analisa-se que os investimentos para uma mobilidade urbana sustentável são ínfimos no Brasil. Isso porque, a partir da mecanização da produção, o incentivo à compra de meios de transportes individuais e movidos por combustão tornou-se o fator primordial para a manutenção do sistema capitalista. No entanto, não foi levado em consideração a dimensão das rodovias brasileiras e nem os impactos ambientais que o estímulo supracitado poderia ocasionar. Nesse sentido, o filósofo Aristóteles sustenta a ideia de que a política serve para garantir a felicidade de todos os cidadãos. Contrariando esse conceito, é possível perceber que, na medida em que o número de automóveis aumenta, o volume de gases estufa emitidos acompanha esse crescimento. Por conseguinte, a temperatura média do planeta é influenciada e o meio ambiente e os seres humanos são prejudicados.      Outro ponto em destaque nessa temática é a relevância da integração de meios de transportes alternativos no sistema viário brasileiro. Um exemplo que ratifica essa ideia acontece em Londres, cidade do Reino Unido, onde a poluição atmosférica é inferior à média mínima permitida e os cidadãos locomovem-se de modo efetivo. Isso acontece em virtude do efetivo planejamento viário, que estabelece ciclovias por toda a metrópole, metrôs movidos à energia solar, hidrovias bem integradas e calçadas em bom estado de conservação para os pedestres. Sendo assim, o direito à mobilidade urbana plena - previsto no artigo 5 da Constituinte - não é firmado no Brasil.     Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para tornar a mobilidade urbana brasileira melhor e mais sustentável. Cabe ao Ministério dos Transportes criar um projeto para ser desenvolvidos nas cidades, de modo a exigir que, no mínimo, 2/3 das rodovias seja acompanhada por ciclofaixas. Com isso, muitas pessoas que não tinham opções alternativas para o deslocamento, substituirão os automóveis por bicicletas - mais barato e sustentável. Com tais medidas, o Brasil sairá das sombras, como na alegoria da caverna de Platão.