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Enviada em: 23/05/2018

Com a introdução do automóvel, durante a Segunda Revolução Industrial—século XIX—; houve um grande aumento do trânsito nas cidades. Hoje, por isso, ainda, é possível notar a crescente superlotação dos veículos e quanto isso afeta o meio ambiente e a vida dos habitantes. Em vista disso, é preciso reeducar a população sobre a importância de uma mobilidade sustentável e, também, ampliar a infraestrutura de locomoção existente.       Apesar de existirem políticas públicas de estímulo à melhoria de transporte público—PNMU— no Brasil, nota-se que, ainda, muitas pessoas não têm consciência do valor de um transporte com baixo impacto ambiental. Isso porque, o aspecto cultural impõe ao indivíduo a ideia de que o uso de veículos particulares é símbolo de "status" e ele acaba sem dar importância aos efeitos danosos no meio ambiente. Corrobora com esse fato os dados da Folha de São Paulo, os quais mostram que carros são responsáveis por mais de 70% das emissões de gases poluentes, apesar de levarem apenas 30% dos passageiros. Logo, é preciso haver uma mudança comportamental por parte da população.       Além disso, deve-se perceber a necessidade de ampliar a infraestrutura de locomoção existente no país. Isso porque, há uma insuficiência de modais de transporte que realizem o deslocamento de uma maior demanda de pessoas, proporcionando uma superlotação nos transportes públicos do Brasil e colaborando para que o problema persista. Em 2013, na cidade de São Paulo, milhões de jovens foram às ruas tentar democraticamente solucionar esse crítico cenário que envolve um dos direitos mais significativos do artigo 5º da Constituição Federal de 1988: Direito de ir e vir. Assim, imprimir mobilidade urbana não é apenas uma questão político-social, mas também um infringir de direitos fundamentais.       Infere-se, portanto, que a imobilidade urbana no Brasil implica prejuízos humanos e ambientais e que uma solução viável seja apresentada. Para tanto, compete à escola, à promotoria e à família, inserir, por meio de uma ação conjunta desses agentes, palestras, educação de trânsito e o incentivo ao uso de bicicletas, objetivando um trânsito inscrito naquele direito Constitucional. E, cabe também, ao Município e à Polícia Militar, mediante uma ação conjunta, ações de fiscalização e blitz com maior evidência. Dessa forma, o Brasil poderia solucionar os desafios ao estabelecimento de uma mobilidade sustentável.