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Enviada em: 21/06/2018

Einstein disse "Viver é igual andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio só se movimentando". Ao pedalar, equilibramos não só o corpo, equilibramos as finanças, a saúde, o tempo, o meio ambiente. Mas, a despeito dos seus múltiplos benefícios, parece que a magrela não é tão bem vinda assim na maioria das cidades brasileiras, sobretudo no que se refere a infraestrutura. Andar de bicicleta é tudo de bom. Com ela não se gasta com gasolina, poupando o planeta de poluentes. Nela, ganhamos tempo não encalhando em engarrafamentos, além de só ocupar o espaço que nos cabe nas vias. Mas a saúde é a que mais agradece quando preferimos pedalar a qualquer outro meio. Segundo Ricardo Nahas, do Hospital 9 de Julho, essa prática, combinada a outros fatores, promove a melhora da frequência cardíaca, fortalece os músculos, não compromete as articulações, além da eventual perda de peso. Sem contar que, ao pedalarmos, diminuímos o ritmo da vida, percebendo o mundo ao nosso redor, usufruindo de paisagens, monumentos, pessoas, numa sensação de liberdade e independência. Não é à toa que em Amsterdã, mais da metade da população se utiliza desse meio, afirma o Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente holandês. Todavia, apostar nesse meio requer não só habilidade, mas coragem, dados os riscos. A sensação é de que as vias não foram projetadas para as bicicletas. Bons acostamentos e ciclovias são escassos. Nas grandes cidades é pior. Na disputa por espaço com motoristas e motociclistas, o ciclista enfrenta desrespeito, abuso de poder e direção perigosa. Os acidentes são frequentes, inclusive com morte. Assim, diante dos entraves a um veículo tão eficiente, algumas medidas são necessárias, como campanhas educativas para motoristas e motociclistas promovidas pelas SEMOBs, criação e ampliação de ciclovias e acostamentos por parte dos órgãos responsáveis como o DNIT. Só assim poderemos desfrutar plenamente das magrelas e ter uma sensação de dias melhores, pois como disse H.G. Wells: "Toda vez que vejo um adulto em uma bicicleta, eu já não me desespero quanto ao futuro da raça humana".