Materiais:
Enviada em: 18/07/2018

A construção de Brasília cujo deslocamento foi inteiramente pensado para ser feita em automóvel nos faz entender atualmente como ficou a relação da mobilidade urbana e o meio ambiente: engarrafamentos constantes, poluição ambiental, altos índices de queima de combustíveis fosseis e redução do uso de transportes de massa. Em um contexto de valorização, cada vez maior, da motorização individual e emissões de gases poluentes, vale questionar se, diante de uma sociedade que sofre com os impactos diariamente, adota medidas de minimização dessa problemática.       Primeiramente, a falta de planejamento nas rodovias corrobora para dificultar a mobilidade urbana. Nas metrópoles brasileiras, o direito de ir e vir são prejudicados devido à baixa estrutura dos transportes públicos, priorizando muito mais os automóveis. No estado de São Paulo, por exemplo, há grande concentração de automóveis, o que faz com que as vias públicas não garantam fluidez para todos os veículos, tornando a mobilidade um problema para milhões de paulistas frequentemente. Assim, o baixo investimento em políticas que ajudem a solucionar esse caos, deixa a sociedade e o meio ambiente vulneráveis aos impactos.        Além disso, a relação benéfica entre a mobilidade e o meio ambiente ainda é um grande obstáculo. Percebe-se que a energia renovável para os carros e a infraestrutura nos transportes coletivos é um método eficaz e redutor de danos ao meio ambiente. Nesta perspectiva, Milão foi à primeira cidade italiana a incorporar frotas de ônibus “Ecobus” para reduzir em até 90% as emissões de poluentes. No Brasil, a realidade de mobilidade de baixo impacto ambiental parece longe de se tornar prática no dia a dia, sem financiamentos, técnicas de energia renovável, leis e projetos que funcionam o meio ambiente fica à margem de um compromisso social e governamental de qualidade.    Portanto, é essencial que o governo aplique as verbas destinadas aos transportes na sua manutenção, acessibilidade e invista em projetos de mobilidade urbana que contribua efetivamente para reduzir os danos ambientais, garantindo assim uma reestruturação e adaptação dos meios e demais vias de locomoção, seja com a carona solidária, seja com a ampliação do rodízio de veículos ou através da restrição de tráfego e estacionamento. Logo, os cidadãos seriam incentivados a exercerem seu papel social. Ademais, a escola em parcerias com ONGS ambientais tem o compromisso de auxiliar e conscientizar as crianças e jovens sobre o futuro do meio ambiente, com palestras educativas, rodas de debates em salas de aulas para implementar o uso de modais, de carros elétricos e de redução significativa do transporte individual.