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Enviada em: 11/07/2018

Com o objetivo de conquistar definitivamente a região Amazônica e a integrar ao restante do país, o governo ditatorial de Emílio Médici investiu recursos na criação de uma estrada capaz de cortar toda a região Norte. Nascia, dessa forma, a Transamazônica : a maior rodovia em extensão do país. Apesar dos altos investimentos e discursos de progresso, a efetivação da obra foi responsável por uma imensa destruição de mata nativa e pela passagem no interior de reservas indígenas. Esse fato, é uma amostra da ineficiência na efetivação da mobilidade sem impactos, que em consonância com a grande utilização de transportes individuais, planos de incentivo e produção acentuada de combustíveis atingem o meio.    A princípio, destaca-se o exacerbado tráfego de veículos individuais e sua contribuição para os impactos e falhas na mobilidade. Na cidade de São Paulo, a maior do Brasil, a frota de veículos segundo o Departamento de Trânsito (Detran) ultrapassa a marca de 8 milhões sendo, em média, um veículo para cada duas pessoas. O número alto de automóveis e veículos de carga condiciona, no geral, grandes congestionamentos e também a liberação de gases danosos à saúde e ao ambiente, como os dióxidos de carbono e de enxofre. Visando à evitar que a situação piore, a alternativa encontrada pela Companhia de Engenharia de Tráfego foi a instituição do rodízio veicular em que, a cada dia da semana, placas específicas são proibidas de trafegar nos horários mais movimentados.      Da mesma forma, o ''Plano de Metas'' de Juscelino Kubitschek, que tinha como um de seus objetivos a ampliação da malha rodoviária e o incentivo à indústria automobilística, foi um fator intensificador na homogenização do setor de transportes. Esse plano, de caráter imediatista, ampliou a rede rodoviária nacional para mais de 1,5 milhão de quilômetros, em detrimento aos demais setores. Dessa forma, fez com que fosse necessário também a ampliação na produção de combustíveis para o abastecimento do mercado. Contudo, essa prática tornou-se danosa para o meio ambiente: na extração do petróleo para a fabricação de gasolina e diesel, é alterado o equilíbrio do meio aquático e causa a mortandade da fauna, bem como, na produção de etanol há queimadas, empobrecimento do solo e desmatamento.    Nota-se, portanto, uma concentração na utilização dos transportes e inúmeros impactos para seu abastecimento. Como medida, o Ministério dos Transportes, em consonância com a Companhia de Engenharia de Tráfegos de cada cidade, deve adotar medidas de planejamento à longo prazo: como a expansão dos transportes coletivos movidos a outros tipos de energia, como o metrô e os bondes. Com isso, espera-se reduzir a liberação de gases danosos e também dos malefícios ocasionados pela produção massiva de combustíveis, além de deslocar um número maior de pessoas com um mesmo meio, evitando grandes congestionamentos, a poluição sonora e facilitando a mobilidade pela cidade.