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Enviada em: 09/10/2018

Mobilidade sustentável: desafio nas urbes brasileiras         A segunda Revolução Industrial transformou a mobilidade humana - ação característica já dos primeiro hominídeos -, pois ao desenvolver o motor à combustão interna, diversificou os meios de locomoção. No Brasil, Juscelino Kubitschek foi o responsável por adotar o rodoviarismo. Desde então, o tráfego urbano (com carros, motos, ônibus, pedestres e ciclistas) torna-se cada vez mais caótico, contribuindo ainda com graves problemas ambientais. Nesse contexto, ações visando à mobilidade urbana sustentável tornam-se fulcrais.          No Brasil, o Plano Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) objetiva à qualidade, diversidade e sustentabilidade da transumância. Entretanto, a dificuldade de implantação do mesmo decorre do fato dele não ser uma prioridade nas agendas de propostas políticas, mas também devido à falta de transferência de verbais para o Ministério do Transporte, suficiente ao atendimento de todos os estados. Dessa forma, a implantação e difusão, por exemplo, do ônibus movido à hidrogênio - tecnologia desenvolvida pela UFRJ e de impacto poluidor nulo - não saem do papel; assim como a ampliação de malha cicloviária, a construção de corredores de ônibus em muitas cidades, ou a interligação desses a redes metroviárias verdes. Perdem, com isso, a população e o meio ambiente.         Por outro lado, cotidianamente, percebe-se que a consciência coletiva brasileira ainda não se despertou em prol do deslocamento ecologicamente correto. Isso é comprovado em São Paulo, metrópole que adota o rodízio de veículos particulares como forma de controlar o tráfego, haja visto que parte da população está acomodada ao uso de veículos particulares, gerando engarrafamentos, poluição ambiental e estresse. Para além disso, não há conscientização, em sua maioria, que demonstre o contrário do que Francis Bacon acreditava, ou seja, que a tecnologia serve para o homem subjulgar a natureza, já que, na verdade, ela serve para buscar alternativas sustentáveis ao desenvolvimento humano. Disso decorre a ausência de pressão popular a governadores e prefeitos para execução do PNMU.          Em síntese, para que se consolide a mobilidade urbana de baixo impacto, é preciso que as escolas e universidades ofereçam palestras que elucidem quanto à PNMU, bem como conscientizem a população quanto a necessidade de mudar hábitos de locomoção cotidiana, como preferir meios coletivos de transporte aos carros. Desse modo, os brasileiros informados poderão exigir a efetivação da PNMU como importante agenda política e o aporte de verbas federais do Ministério do Transporte nos estados para implantação e difusão de modernizações na mobilidade das urbes.