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Enviada em: 31/10/2018

Na mitologia grega, Sísifo foi ordenado por Zeus a empurrar uma rocha até o topo de uma montanha, vencido pela fadiga, Sísifo não concluía o processo, repetindo-o, constantemente. Análogo a isso, o Brasil, arduamente, busca o concílio entre mobilidade urbana e sustentabilidade. Entretanto, nota-se, o fracasso nesse quesito, dado que políticas públicas ainda são ínfimas. Sendo assim, mudanças urgem nesse cenário. Em primeira análise, deve-se salientar, que com o advento da Globalização, a demasia da inserção de variadas indústrias automobilística s internacionais foi notória. Nesse viés, medidas de incentivo à aquisição de veículos, como extensões no limite de crédito e financiamento, propiciou o crescimento do consumo automobilístico pela sociedade. Logo, tendo em vista esse incentivo, a sustentabilidade, no âmbito da mobilidade urbana, acaba sendo inviabilizada, haja vista o acréscimo de impactos ambientais como emissão de gases estufa dos veículos automotores, por exemplo. Além disso, vale pontuar, a negligência estatal como principal fator do fracasso na mobilidade de baixo impacto ambiental, visto que, devido a falta de estímulo civil na abdicação de automóveis, com a disponibilização de ciclovias e bicicletas públicas, agrava, ainda mais, o cenário da demasia de carros e motos nas vias, descompassando-se de políticas sustentáveis. Consoante, Aristóteles em sua obra ''Ética a Nicômaco'', já afirmava que o papel da política é garantir a felicidade dos cidadãos. No entanto, percebe-se o contrário, haja vista o descaso estatal em proporcionar transportes como a bicicleta, melhorando a qualidade ambiental na sociedade. Diante dos fatos supracitados, evidencia-se, portanto, a necessidade da consonância entre União e Legislativo, tendo em vista o subsídio da criação de barreiras ao limite de crédito excessivo que, mediante leis federais, empresas automobilísticas adotarão, reduzindo-se, assim, a frota de veículos nas ruas. Ademais, o Governo deve, munido de verbas da arrecadação de impostos, disponibilizar ciclovias e bicicletas de aluguel, no âmbito nacional, viabilizando o transporte sustentável aos cidadãos.