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Enviada em: 25/10/2018

O reflexo da estruturação rodoviária.   Os desafios da mobilidade urbana no Brasil nada mais é do que o reflexo de uma configuração estrutural movida por um viés político. Desse modo, é incontrovertível a persistência de problemas atrelados a dificuldade de locomoção da população como um todo, o que evidencia a negligência por parte do Estado no que diz respeito a qualidade do transporte público, bem como destaca a falta de investimento em meios alternativos e restringe o deslocamento para um modal específico predominantemente rodoviário.   Juscelino Kubitschek, na década de 1950, ao estimular o processo de industrialização no Brasil, sobretudo, automobilístico, coadjuva para a construção de rodovias por todo o país. Dessa maneira, outros meios de transporte ficaram em segundo plano o que contribuiu para uma série de problemas existentes nos dias atuais, tendo como exemplo os congestionamentos e a emissão de monóxido de carbono na atmosfera, que afeta diretamente a qualidade do ar e como resultado disso, têm-se cada vez mais problemas de saúde relacionados à poluição e ao estresse.   Concomitantemente a essa realidade, o desejo de consumo associado ao capitalismo corrobora para o crescimento de um pensamento individualista que por vezes ignora o bem estar social. Ademais, devido ao descaso para com o transporte público a sociedade tende a optar pelo conforto do carro particular e potencializa a emissão de gases poluentes, da mesma maneira que torna-se resistente a utilização de novos meios de locomoção e inviabiliza a inserção do transporte alternativo.   Pode-se perceber, portanto, a necessidade de promover melhorias para o transporte público, bem como ampliar meios de transporte alternativos, objetivando a redução de gases poluentes. Para isso, cabe ao Governo Federal disponibilizar parte dos impostos arrecadados a fim de investir nas frotas de ônibus de todos os Estados, tal como ampliar o transporte ferroviário, da mesma maneira que, por intermédio das Prefeituras, deve-se propiciar a criação de ciclofaixas e por fim, a mídia, por meio dos influenciadores digitais pode executar campanhas educativas com o intuito de incentivar o uso de bicicletas e a realização de caminhadas, tomadas essas medidas e aperfeiçoadas poder-se-á reduzir os desafios da mobilidade urbana no Brasil.