Materiais:
Enviada em: 03/07/2019

Realizada no Rio de Janeiro em 2012, a ''Rio +20'' foi uma conferência promovida pela Organização das Nações Unidas que visava, principalmente, discutir e propor alternativas para um desenvolvimento que aliasse sustentabilidade e economia. Entre os tópicos mais relevantes do evento, estavam os desafios enfrentados por países como Brasil, no que diz respeito à criação de uma mobilidade urbana eficaz e de baixo impacto ambiental. Desse modo, em uma nação dominada e movida por combustíveis poluentes utilizados em automóveis, é necessário o debate acerca dos obstáculos que interferem em um deslocamento urbano satisfatório à natureza. Assim, é lícito afirmar que no Brasil, a ineficiência estatal e a postura cômoda de parte da sociedade contribuem para a utilização de meios de transporte  convencionais nocivos à saúde e ao meio ambiente.      Em primeiro lugar, evidencia-se, por parte do Governo, a inexistência de políticas públicas de incentivo ao uso da bicicleta e carros elétricos, a título de exemplo. Essa lógica é evidenciada pelo  baixo número de ciclovias em metrópoles como São Paulo, Fortaleza, e Rio de Janeiro, além da ausência de estímulos à implantação de parques industriais que produzam veículos movidos à eletricidade. Com isso, o Estado negligencia o formento de ações que poderiam, de fato, fazer com que a nação tupiniquim caminhasse em direção à uma mobilidade mais sustentável. Consequentemente, a atmosfera sofre com a emissão de gases, e os brasileiros têm sua saúde impactada com o desenvolvimento de doenças respiratórias. Logo, é substancial a mudança desse quadro nocivo.       Outrossim, é imperativo pontuar que a conduta de parcela da sociedade brasileira também é um desafio a ser levado em conta, no que concerne à falta de conscientização do uso excessivo e rotineiro de carros e motocicletas. Essa postura deriva da primeira metade do século XX, quando o então Presidente, J. Kubitschek, implantou no país a indústria automobilística, o que fez com que o carro se tornasse objeto de desejo, conforto e ascensão social. Em decorrência disso, tem-se, em 2019, um vasto número de pessoas completamente dependentes do automóvel individual e pouco dispostas a mudar, seja para o bem da natureza, seja para o bem da coletividade.        Infere-se, portanto, que construir uma mobilidade urbana de baixo impacto é papel do Estado e da sociedade civil. Posto isso, o Ministério do Meio ambiente deve, por meio de parceria com as prefeituras, realizar a ampliação de ciclovias e ciclofaixas nas capitais e cidades de médio porte no Brasil. Além disso, tal Ministério deve, mediante incentivos ficais, captar para o país empresas automobilísticas que desenvolvam veículos elétricos a baixo custo. Ademais, a mídia televisiva, por intermédio de campanhas, deve convidar as pessoas a utilizarem bicicletas e transporte coletivo.