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Enviada em: 05/08/2019

A falta de organização do governo brasileiro impossibilita a prática da mobilidade urbana sustentável. A população, além de sofrer com as agruras do transporte público, vê-se também prejudicada com o inexistente planejamento urbano, desassociado à visão do filósofo alemão Hans Jonas. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro, além do papel do Estado na resolução desse impasse.   Em primeiro plano, evidencia-se que o transporte público no Brasil é visto com descaso pelas autoridades públicas. Não há muitas vias alternativas ao transporte de rodovias; e este, por sua vez, geralmente não recebe manutenções regulares, inviabilizando o conforto e a segurança dos cidadãos. A população, por consequência, vê-se inclinada a possuir veículos próprios, inflando as estradas e poluindo a atmosfera com o subproduto do combustível.   Além disso, observa-se falta de planejamento urbano regular na geografia brasileira. Há cada vez mais centros urbanos inflados. Brasília é exemplo de cidade planejada, a fim de ter suas necessidades populacionais atendidas próximas a residenciais, mas não houve regularidade nesse planejamento, e, hoje, a cidade, idealizada para comportar 500 mil habitantes, comporta 2 milhões. Não é visto, dessa forma, nas autoridades públicas, o Princípio da Responsabilidade de Hans Jonas, no qual o indivíduo deve agir de forma que os efeitos de suas ações sejam compatíveis com o futuro das próximas gerações.  É evidente que as cidades brasileiras não comportam a quantidade de carros em movimento nas ruas, assim como o meio ambiente não comporta a poluição advinda deles. Destarte, é incontrovertível que haja medidas públicas para alterar esse cenário. É fundamental, portanto, que o governo invista, por meio de parcerias público-privadas, com planejamento, em vias de ferrovia, como trens, a fim de trazer uma alternativa articulada com as necessidades populacionais ao atual meio de transporte defasado no país, aliviando, assim, o inchaço nas estradas.