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Enviada em: 13/03/2017

No século XX, o investimento do governo brasileiro no setor rodoviário impulsionou o consumo de automóveis. Na contemporaneidade, essa realidade se faz presente no excesso de carros nas ruas e na dificuldade de utilizar meios de transporte de baixo impacto ambiental. Nesse contexto, fatores de ordem estrutural, bem como cultural, caracterizam o dilema da mobilidade urbana no país.   De início, é importante ressaltar o rápido processo de urbanização vivido pelo Brasil. Nesse sentido, as cidades não comportam o contingente populacional, além de não apresentarem uma infraestrutura necessária para o meio urbano sustentável. Tal fato é corroborado pelo episódio de desabamento de uma ciclovia no Rio de Janeiro, em 2016, que deixou 2 mortos. Dessa forma, o despreparo dos centros urbanos para essa nova realidade inibe o uso de meios de transportes alternativos pelos cidadãos.   Outrossim, a concretização de uma mobilidade urbana de baixo impacto ambiental esbarra em valores culturais da sociedade brasileira. No país, é comum a associação do automóvel ao prestígio social de seu dono. Nesse ínterim, torna-se mínima a preferência pela bicicleta ou pelo transporte coletivo e, por isso, grandes cidades do Brasil enfrentam, diariamente, extensas filas de congestionamento.   É notória, portanto, a influência de fatores estruturais e culturais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe ao Governo, por intermédio dos órgãos responsáveis, promover um melhor planejamento urbano e estimular o uso de meios de transporte de baixo impacto na natureza. Tal medida pode ser efetivada por meio da elaboração projetos com profissionais da área e pela construção de mais ciclovias nas ruas do país. Paralelamente, as escolas, em consonância com a mídia, devem conscientizar a população acerca do tema. A ideia é promover debates e palestras nas salas de aula, além de propagandas educativas, com o intuito de incentivar o uso de bicicletas. Assim, a sociedade brasileira se tornará mais harmônica e coesa.