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Enviada em: 16/03/2017

Em suas industrializações, Estados Unidos e Russia utilizaram como modal de transporte, predominantemente, a ferrovia, interligando vastas regiões com linhas de trem. Já o Brasil, com sua urbanização tardia (pós governo de JK), preferiu investir na indústria automobilística, dando, desse modo, o ponta pé para a "cultura do carro". Esse fato, aliado ao intenso êxodo rural e crescimento vegetativo, hipertrofiou as avenidas com veículos, acarretando um alto impacto ambiental. À vista disso, considerando contornar tal complicação, é preciso mudanças na maneira como o brasileiro se desloca.     Nesse sentido, deve-se entender a problemática ambiental causada pela abundante frota de automóveis circulante no país. Em um primeiro momento, para que se movimentem, é preciso queimar combustível, e essa queima produz gases estufas, como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), e gases tóxicos, como o dióxido de nitrogênio (NO2). Esses compostos contribuem não só em agravar o aquecimento global e poluir os rios, como também intensificar os problemas cardiorrespiratórios, como bronquite, alergia e asma, sobretudo em crianças e idosos, sobrecarregando, assim, o sistema de saúde. Por isso, não é vantajoso uma mobilidade urbana que priorize o deslocamento individual.          No entanto, o transporte coletivo não é atrativo, principalmente para as classes media e alta, uma vez que esse sistema apresenta desconforto e periculosidade. Quem tem carro não quer andar em um ônibus ou metrô com risco de atrasos, assaltos ou mesmo assédios sexuais. Outra questão, além disso, que faz o cidadão brasileiro priorizar o carro ou moto é a ausência de meios alternativos para se locomover, a exemplo da bicicleta. Ciclovias ainda não é uma realidade considerável dos grandes centros.      Destarte, a fim de atenuar a poluição ambiental, faz-se necessária uma mudança na atual mobilidade urbana. Para isso, as prefeituras devem disponibilizar em suas gestões além das ciclovias, para liberar o trânsito intenso, um aplicativo de celular para dinamizar a compra ou aluguel de bicicletas públicas. Outrossim, é imprescindível uma melhor iluminação pública, policiamento, incremento da frota de ônibus e faixas exclusivas para esse meio de locomoção, para que, dessa forma, a "cultura do transporte coletivo" seja alavancada. Porém, uma transformação completa deve-se passar nas empresas, as quais podem financiar o deslocamento de bicicleta ou transporte público de seus funcionários, já que isso pode evitar atrasos, além de construir um país mais sustentável.