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Enviada em: 31/03/2017

A mobilidade urbana é um problema a ser resolvido nos dias atuais, ainda mais nas grandes metrópoles e áreas industrializadas. Os engarrafamentos são cada vez mais frequentes, a quantidade de automóveis nas ruas alcançam números expressivos, e, com isso, há um maior acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera, consequentemente, elevando os níveis de poluição e efeito estufa.   Um dos primeiros países a se preocupar com esse quesito, foi o Japão. Houve um grande investimento na construção do trem-bala, que liga Tóquio a Osaka, diminuindo o tempo de percurso e emissão de gases poluentes, visto que, trens possuem taxa de poluição inferior a automóveis convencionais. Entretanto, é necessário ir além. Alemanha e Dinamarca, já contam com grandes ciclovias, sendo ambas uma parceira público-privada, e, à vezes, até, um serviço prestado pela própria comunidade, sem custos adicionais, sendo o único dever do consumidor, devolver a bicicleta intacta ao dono. Ademais, as bicicletas não precisam de combustíveis fósseis, o risco de acidentes com pedestres é muito abaixo dos registrados com outros meios de transporte e bem mais barata.    No Brasil, ainda estamos longe de alcançar a realidade desses países europeus. De acordo com a Receita Federal, 20% da arrecadação com o IPVA, é investido na educação básica, e os outros 80%, não tem destino fixo. É evidente que, apenas uma pequena parcela é destinada à melhoria dos fluxos urbanos. O potencial fluvial também pode ser explorado, principalmente no Brasil, que possui rios continentais e uma grande costa no Oceano Atlântico, o que permite um desafogamento dos tráfegos comerciais das grandes cidades.   Por isso, medidas são necessárias para resolver o problema. O Governo Federal, por meio de campanhas midiáticas, pode elucidar a população a desligar os motores dos carros em meio a um congestionamento, mostrando que isso além de diminuir a emissão de gases, pode reduzir os gastos com combustível. É interessante, também, a construção de grandes ciclovias e a redução do número de estacionamentos para carros, sendo assim, menos usados em curtos trajetos. A Receita Federal, por sua vez, pode orientar os estados a fazerem parcerias com empresas, para a efetivação do serviço com a doação de bicicletas. Além disso, o aproveitamento do nosso potencial fluvial pode ser feito pelo uso de cabotagem, levando produtos e mercadorias, que hoje aumentam o fluxo com o uso de caminhões, através da costa marítima e grandes rios. Ao oferecer infraestrutura, a sociedade irá utilizá-la, assim pessoas que realmente precisem de veículos automotivos, por causa da distância, ou por emergência, terão espaço para dirigir.