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Enviada em: 22/05/2017

O espaço urbano é dinâmico e a sua organização é essencial para o convívio harmônico da população. No entanto, ainda existem muitas melhorias a serem discutidas para efetivar o desenvolvimento sustentável do espaço urbano brasileiro associado à projeção da sua infraestrutura de forma a degradar o mínimo possível o meio ambiente.       Aliada à deficiência do transporte público, a oportunidade de adquirir automóveis por pessoas de classes média-baixa, foi um fator relevante para que houvesse o proliferação do uso individual de carros e motos nas cidades. Por conseguinte, o espaço urbano incorporou mais veículos do que poderia suportar, repercutindo em transtornos no trânsito e, principalmente, na potencialização da emissão de poluentes na atmosfera. Estima-se que os veículos usados pelas pessoas emitem mais de 28 milhões de toneladas de poluentes por ano, sendo a maior parte lançada pelos automóveis de uso particular.        Salienta-se que a problemática da falta de mobilidade urbana, ultrapassa o espaço físico e atinge a saúde das pessoas que no dia a dia convivem nele. Os motoristas passam diariamente por altos níveis de estresse, presos por horas nos engarrafamentos ou envolvidos em acidentes e brigas de trânsito. Ademais, a dificuldade de acessibilidade ao transporte público pelas pessoas portadoras de necessidades especiais, bem como a falta de infraestrutura inclusiva nas calçadas e pontos de ônibus, faz com que o individuo sinta-se excluído do meio em que vive por impossibilidade de circulação e permanência nele.     É imprescindível, portanto, que providências sejam tomadas em caráter de urgência. As autoridades competentes devem criar leis que viabilizem a acessibilidade ao espaço urbano de forma a reduzir os índices de acidentes nas cidades brasileiras, além de lançar campanhas, com o fito de conscientizar a população sobre a importância da aquisição de hábitos sustentáveis. Deve-se também realizar a fiscalização das empresas de ônibus que são contratadas para que estas ofereçam um serviço de qualidade à população, proporcional ao valor da tarifa que é cobrada. Outrossim, tem de se priorizar a adequação do meio, através de placas de sinalização e estruturas inclusivas, a fim de que todos os indivíduos possam transitar com segurança respeitando as suas limitações físicas.