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Enviada em: 29/05/2017

O Brasil sofreu, principalmente nos últimos cinquenta anos, um intenso processo de êxodo rural, que não só desequilibrou a proporção entre espaço e habitante nas cidades, como também a razão entre veículos e vias urbanas. Nesse contexto, é importante discutir sobre a factibilidade do transporte efetivo e sustentável nos municípios do Brasil. Desse modo, é imprescindível investir em recursos para viabilizar tal processo, podendo assim, garantir o direito de ir e vir de todo cidadão e frear o lançamento de gases tóxicos na atmosfera.            Ao analisar-se o cenário atual do país, constata-se que, principalmente nas megalópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, o número de carros já é quase igual ao contingente de habitantes. Nessa perspectiva, é possível inferir que o transporte torna-se debilitado devido à alta frota de veículos nas ruas e a pequena capacidade das vias públicas o que, por consequência, acaba ferindo o direito de ir e vir do morador dessas cidades com a implantação de rodízios de placa e o elevado índice de congestionamentos que impedem os indivíduos de se movimentarem entre lugares distantes. Entretanto, a falta de investimentos no transporte público impede a desobstrução nas ruas e continua a prejudicar a vida de uma grande parcela da população.            Ademais, a taxa de poluição em São Paulo, segundo a Organização Mundial da Saúde, encontra-se duas vezes mais alta do que o recomendado. Isto posto, é importante salientar a quantidade de poluentes emitidos pelos veículos, consumidores de combustíveis fósseis, que são os grandes responsáveis pela irradiação de gases tóxicos, como o gás carbônico, na atmosfera urbana. Contudo, a solução para esse problema também é entravada pelo governo, desta vez pela falta de infraestrutura das cidades em comportar um contingente elevado de carros.          Diante dessa conjuntura, conclui-se que a mobilidade urbana de baixo impacto ambiental deve ser colocada em prática. Destarte, medidas devem ser tomadas para os desafios impostos pelo cenário atual sejam resolvidos. Sendo assim, cabe, urgentemente, ao governo, aumentar os investimentos nessa área, de modo que possibilite a ampliação de metrôs, ônibus BRTs movidos a gás natural e ciclovias a fim de despoluir e descongestionar as vias de tráfego. Somado a isso, também concerne ao governo endossar o uso da vasta rede hidroviária do Brasil para que os transportes de carga sejam feitos por rotas marinhas, economizando, assim, combustível e desobstruindo as ruas das cidades. Por fim, a própria sociedade deve se mobilizar em prol da sustentabilidade e criar campanhas de incentivo ao uso da bicicleta e do sistema de caronas que também podem configurar saídas para os problemas com o trânsito e o meio ambiente.