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Enviada em: 28/06/2017

A busca pela mobilidade urbana é um desafio enfrentado pela maioria das cidades brasileiras. A saber, o Brasil tem uma herança histórica rodoviarista. Na década de 1950 Juscelino Kubitschek intensificou o rodoviarismo no intuito de integração, devido a construção de Brasília, e também, para atrair investimentos internacionais no ramo automobilístico. Como resultado, nosso país vive uma profunda crise de transporte, e este nosso modelo gerou um entrave para a implantação de novos modais de transporte de baixo impacto ambiental, devido, entre outros motivos, por: pressão das empresas automobilísticas e falta de condições, nas cidades, para utilização de transporte alternativo.       Segundo documento emitido pela Organização das Nações Unidas, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o transporte não pode ser encarado como mero ato de locomoção, pois ele tem um profundo papel social, seja ele, para ir ao emprego, compras, interações sociais, educação. No entanto, o setor vem sendo negligenciado em diversos países, assim como no Brasil. Em nosso país muitas vezes há pressão político-econômica das multinacionais automobilísticas, no intuito, de não haver um maior incentivo e desenvolvimento de modais alternativos ao rodoviário. Essas empresas investiram, e investem muito dinheiro em terras brasileiras, e não havendo possibilidade de transportes, o povo comprará mais carros.       A força do capital automobilístico acaba se refletindo nas políticas públicas, como fruto, o investimento do governo em meios de transporte menos poluentes é muito pequeno. Quase não há construção de locais adequados para transporte alternativo nas cidades, como ciclovias, por exemplo. Além disso, em cidades que possuem ciclovias, ainda há muita insegurança, o que pode ser visto no grande número de ciclistas mortos em acidentes, como aponta dados do Departamento de Trânsito, o Detran, no início do ano de 2017.       Em suma, a crise da mobilidade urbana afeta a população tanto físico como psicologicamente. Portanto, cabe ao Governo Federal,  através  do Ministério do Desenvolvimento, a priori,desenvolver estruturas para ampliar os modais de transporte, através da construção de ferrovias e hidrovias, o que injetará investimentos de capital no setor, que terá poder econômico e político frente às empresas automobilísticas. Promover, também, junto aos governos estaduais e municipais, a construção de linhas férreas para trens, metros e construção de ciclovias seguras. O terceiro setor deve organizar debates junto ao poder público e a população para discutirem alternativas de transporte. O cidadão deve fazer o uso consciente do transporte, otimizando o uso através do transporte de mais pessoas por viagem e utilizar transporte alternativo como bicicletas.