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Enviada em: 11/06/2017

O Brasil, durante o século XX, privilegiou as rodovias como alternativa para o transporte de cargas, tendo como objetivos: integrar o território brasileiro e também industrializar o país com base na formação de polos automobilísticos. Entretanto, o automóvel, grande aliado do século XX, tornou-se o vilão do século XXI. Afinal, além do transtorno causado pelos engarrafamentos nas grandes cidades, ele é responsável pela emissão de gases poluentes, que geram um grave impacto ambiental.      É inegável que grande parte das cidades brasileiras, principalmente as grandes metrópoles, são marcadas por sérios problemas urbanos e de mobilidade. Neste contexto, podemos citar os constantes engarrafamentos devido à explosão do número de automóveis e motocicletas. De fato, entre 2001 e 2011, a frota das doze principais capitais brasileiras cresceu 77%, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).      De acordo com o teólogo Richard Foster, precisamos ter sempre em mente o equilíbrio necessário entre o desenvolvimento econômico e saúde ecológica. Desse modo, a questão da mobilidade urbana surge como um novo desafio às políticas ambientais e urbanas, num cenário de desenvolvimento social e econômico do país. Não podemos desconsiderar os malefícios que os automóveis causam ao meio ambiente, uma vez que, lançam gases poluentes na atmosfera, responsáveis por doenças respiratórias. Deveras, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelam que em 2012 a poluição do ar foi responsável pela morte de cerca de 3,7 milhões de pessoas abaixo dos 60 anos. Além de afetar a saúde da sociedade, a poluição contribui para o agravamento do efeito estufa e aumento de chuvas ácidas com fortes danos ao ecossistema.      Soluções reais para o trânsito são aquelas que retiram o excesso de carros das ruas e colocam as pessoas em transportes coletivos e/ou alternativos. É mister, por parte do Governo Federal, juntamente com o Ministério do Transporte, investimentos no transporte público com o efeito de migrar os passageiros dos veículos individuais para o coletivo. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. A construção de canaletas para a circulação dos ônibus, a disponibilidade de veículos com grande capacidade de passageiros e os diversos tipos de linhas existentes para atender as necessidades da população, são fatores que diferenciam um transporte público de qualidade. Outrossim, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, tanto a construção de ciclovias quanto campanhas educativas com a finalidade de educar os motoristas a respeitarem os ciclistas, surgem como uma saída viável e inteligente.