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Enviada em: 11/06/2017

A mobilidade urbana sustentável é um grande desafio às políticas ambientais das cidades contemporâneas brasileiras. Após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil, assim como a maioria dos países em desenvolvimento, começou a urbanizar-se de forma rápida e desordenada. O presidente Juscelino Kubitschek incentivou o modelo desenvolvimentista no país, no qual foi amplificado o poder aquisitivo da população, a fim de estimular a compra de veículos particulares. A partir de então, foi criada uma infraestrutura que favorece os veículos individuais aliada a falta de investimento em modelos de transporte sustentáveis.       Em decorrência do não planejamento na infraestrutura das cidades no que diz respeito ao deslocamento diário dos cidadãos, reflexo da industrialização e rápida urbanização promovida por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek a partir do século XX, a qual reflete diretamente nos dias atuais, a estrutura transportes coletivos e ecologicamente corretos do país ficou deficitária. Um exemplo contundente da estrutura falha de modais sustentáveis é a cidade de Belo horizonte, importante metrópole do país, na qual existe apenas uma linha de metrô com 28 quilômetros de extensão. Além disso, ciclovias representam somente 1% da malha viária das capitais no país. Nesse contexto, evidencia-se a necessidade de investimento em modais coletivos e ecologicamente sustentáveis por parte do poder público e também de iniciativas privadas.       Paralelo a isso, há no país muitos incentivos fiscais para compra de carros e falta de consciência ecológica por parte da população. Posto que o governo reduz constantemente o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o setor automotivo é beneficiado em detrimento dos meios de transporte sustentáveis. De outro lado, há pouca conscientização dos brasileiros no que diz respeito à utilização dissociada de uma preocupação dos veículos individuais, muitas pessoas os utilizam indiscriminadamente. Esse cenário reflete um contexto de dificuldade estrutural, política e social no que se refere ao favorecimento de modais ecológicos.       Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas no que diz respeito aos modelos de transporte sustentáveis. Para tanto, é imperativo que o governo de cada estado invista no setor por meio da ampliação das linhas metrô e construção de ciclovias. É importante, ainda, que empresas privadas forneçam sistemas de aluguel de bicicletas com preços acessíveis para a população. Escolas em parceria com ONG's podem promover debates sobre temas afins com vistas a alertar a comunidade a respeito dos malefícios do uso excessivo de veículos individuais e incentivar a utilização das alternativas.