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Enviada em: 01/07/2017

Segundo o biólogo Charles Darwin, não é o mais forte quem sobrevive, mas o que melhor se adapta às novas circunstâncias. Sob esse aspecto, é imprescindível a organização de uma infraestrutura de transporte nacional eficiente e sustentável a fim de amenizar os corolários nocivos acarretados pelo agravamento do efeito estufa. Todavia, não só a insuficiência das políticas públicas como também a postura pouco colaborativa de muitos cidadãos figuram como entraves para o cumprimento de tal objetivo no Brasil.        Durante o mandato de Juscelino Kubitschek, entre as décadas de 50 e 60, houve intenso estimulo à instalação de multinacionais automobilísticas no país e ao desenvolvimento do sistema rodoviário. Posteriormente, porém, não houve, por parte dos presidentes subsequentes, iniciativas concretas para diversificar o modelo em vigor. Por conseguinte, promoveu-se o predomínio de meios de locomoção altamente poluidores e com custos elevados em detrimento de modais alternativos e menos prejudiciais à saúde humana e à natureza, como o metroviário.        Outrossim, como afirmava o filósofo Sócrates: para agir bem é primordial conhecer bem. Nesse sentido, percebe-se que a educação e a ética individual são valores relevantes para atingir a harmonia tanto social quanto ambiental. Em contrapartida, vê-se, não raro, a conduta desrespeitosa e inaceitável de muitos motoristas para com ciclistas e pedestres, fator motivado por uma ideologia errônea de prioridade para o tráfego de carros. Dessa forma, a insegurança e o medo de acidentes representam um obstáculo para determinados transportes de baixo impacto.        Cabe, portanto, à administração municipal investir na construção de linhas de metrô e ciclovias, além de realizar a manutenção das calçadas. Tal postura, adaptada as necessidades de cada cidade, minimizaria os engarrafamentos e reduziria o uso de combustíveis fósseis. Ademais, a mídia poderia elaborar campanhas televisivas as quais incentivassem o uso de bicicletas e a prática de caminhadas e, paralelamente, informassem acerca das boas condutas no trânsito e das penalidades para o descumprimento dessas normas. Com isso, seria possível estimular e assegurar o uso de tais ferramentas de forma segura.