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Enviada em: 09/07/2017

Com a ascensão do Governo de Juscelino Kubitschek, consagrado pela frase "governar é abrir estradas", houve um grande incentivo para a vinda de indústrias automobilísticas para o Brasil e um consequente aumento da aquisição de automóveis.Porém, o que JK não previu foi que, meio século depois, o Brasil estaria passando por uma crise de mobilidade urbana.Nesse âmbito, analisa-se que o problema exposto desenvolve-se devido à precariedade dos transportes públicas e o fenômeno de urbanização.    A princípio, a precariedade das vias alternativas, como metrô, trem e ciclovias é, sem dúvidas, um fator para o excesso de automóveis nas ruas. De acordo com uma pesquisa feita pelo Ibope, mais de 60% das pessoas deixariam seu veículo na garagem se pudessem contar com ciclovias e ônibus que atendessem à suas expectativas.Logo, uma vez que políticas públicas de incentivo ao uso de tais vias alternativas se fazem ausentes, a frota de automóveis nas ruas só tende a aumentar.    Paralelo a isso, é indubitável que o excesso de pessoas em uma metrópole sem planejamento resulta em dificuldades para se locomover nas rodovias.Após a mecanização do campo e a progressiva industrialização brasileira, houve um grande êxodo rural, onde as pessoas foram foram atraídas pelas oportunidades nas metrópoles industriais, como São Paulo.Tal fato – denominado urbanização – foi feito sem planejamento causando uma grande macrocefalia urbana e uma consequente diminuição na qualidade de vida e dificuldade de mobilidade.    Infere-se, portanto, que a problemática carece de medidas para ser resolvida. Dessa forma, é papel do Ministério dos Transportes, em conjunto com a Receita Federal destinar uma maior parte dos impostos para a melhoria dos ônibus e a construção de um número maior de ciclovias, visando atender as expectativas dos cidadãos.Concomitantemente, o Governo Federal deve apelar para as mídias, como TV e rádio, com o intuito de conscientizar a população sobre os benefícios que deixar o carro na garagem pode trazer não somente para a saúde mas também para o meio ambiente.