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Enviada em: 24/08/2017

No final da década de 1950, Juscelino Kubitschek, o então presidente do Brasil, implantou medidas econômicas que visavam o crescimento do país. Dentre tais medidas, foi possível verificar a implantação da indústria automotiva no território nacional. Esse fato teve, como consequência direta, a maior facilidade de compra de automóveis e, sucessivamente, o crescente aumento na porcentagem de carros por cidadão. Desde então as cidades brasileiras possuem o aspecto de uma mobilidade urbana caótica e extremamente poluente, tendo-se em vista a grande liberação de clorofluorcarbonetos, gases causadores do efeito estufa, pelos automotivos. Assim, é evidente que há uma necessidade de mudança no cenário, em busca de conciliar sustentabilidade e acessibilidade.              Em princípio, depara-se com o mau planejamento das cidades, que foram construídas e são cada vez mais adaptadas para automóveis. Então, com a ausência ou a pequena quantidade de ciclovias, os ciclistas são obrigados a se locomover em meio ao grande e constante fluxo de veículos, que pode ocasionar grande números de acidentes ou acabam deixando de optar por essa forma de locomoção. Logo, o investimento em ciclovias estimularia cada vez mais os cidadãos a optarem por tal forma de locomoção, tendo em vista a economia de tempo e capital que pode ser gerado, além da maior sustentabilidade.              Por outro lado, é visível o enorme contingente populacional que utiliza transportes públicos para sua locomoção. Para eles, os problemas enfrentados são relacionados a precaridade e falta de conforto no transporte. Assim, a má infraestrutura e as superlotações transformam suas viagens em verdadeiros desafios diários. Bem como a rede pública, muitas vezes, não atende determinadas regiões periféricas e, quando o faz, o tempo de espera e de viagem são extremamente longos.        Logo, não há como negar que a mobilidade urbana é um grande empecilho enfrentado pelos cidadãos brasileiros no decorrer do século XXI. Assim, cabe ao Estado realizar investimentos nos transportes públicos, a fim de diversificar as modalidades oferecidas à população, visando maior conforto e amplo atendimento. Bem como devem realizar projetos de construções de ciclovias para maior segurança daqueles que utilizam desse meio para locomoção. Ainda, cabe aos indivíduos e à sociedade dar início a uma ajuda coletiva, podendo utilizar do sistema de caronas, evitando grande fluxo de veículos rumo a um mesmo destino, visando, assim, uma melhoria na mobilidade urbana brasileira.