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Enviada em: 19/07/2017

"Pedro acorda às 5 da manhã, toma seu café, veste suas roupas e sobe em sua bicicleta rumo ao trabalho na suntuosa capital paulista. Infelizmente para pedro, esse ritual não mais se repetirá. Seu percurso foi fatalmente interrompido por um veículo em alta velocidade". Relatos como esse são bastante comuns nos noticiários das grandes cidades brasileiras, aclarando o fato de que, no Brasil, o transporte alternativo é renegado a segundo plano: sem investimentos, sem segurança, sem esperança.       É inegável que a difusão do transporte alternativo de baixo impacto ambiental depende, em primeiro lugar, de investimentos governamentais. A pouca disponibilidade de faixas e vias exclusivas para bicicletas nas cidades brasileiros, por exemplo, torna a locomoção por esse meio um perigo aos seus praticantes e um fator de desencorajamento. Assim, o atropelamento de 17 ciclistas que protestavam pacificamente nas ruas de Porto Alegre, em 2011, evidencia a dimensão dos riscos envolvidos.       Outrossim, no Brasil, a adoção do veículo automotor como meio individual de transporte é um hábito enraizado culturalmente. A utilização do veículo particular nos centros das cidades deve ser a exceção e quem pretende utilizá-lo deve estar disposto a parga um preço, a exemplo do pedágio urbano implantando em Londres. Dessa forma, incentiva-se a população a migrar para outros meios de transporte, como a bicicleta, o transporte público e até mesmo a locomoção a pé, promovendo-se uma mudança paradigmas que reflete diretamente na qualidade de vida e na saúde da população: diminuição dos engarrafamentos, da poluição atmosférica e o aumento das atividades físicas.       Pelo exposto, verifica-se que os desafios para promover o transporte de baixo impacto ambiental são multifacetados, e sua superação deve iniciar com investimentos em infraestrutura urbana por todas as instâncias governamentais. Além disso, as prefeituras das grandes cidades devem implementar o pedágio urbano e outras medidas que desincentivem o uso de veículo, como o rodízio por placas e o subsídio ao transporte público.