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Enviada em: 23/07/2017

Não se pode negar que, entre o governo dos presidentes Getúlio Vargas e Jucelino Kubitscheck, o Brasil passou por grandes transformações urbanas, resultado do intenso êxodo rural e entrada de empresas automobilísticas no país. Entretanto, essas mudanças abruptas fizeram da mobilidade urbana, nos dias atuais, um grave problema social, visto que tanto os impactos ambientais quanto os gastos com saúde pública aumentaram nas últimas décadas.         A princípio, salienta-se a relação diretamente proporcional que há entre os problemas ambientais e o fluxo de veículos. Isso ocorre pois, o aumento no número de automóveis em circulação causa maior dispersão de gases poluentes, decorrentes da queima de combustíveis fósseis. Em consequência dessa adversidade, parcela relevante da sociedade enfrenta situações como as chuvas ácidas, inversão térmica e ilhas de calor.      Atrelado a isso, os custos públicos para tratamento de doenças causadas pelo desequilíbrio ambiental e urbano cresce exponencialmente. Isso ocorre porque, além da violência e acidentes no trânsito, o povo brasileiro ainda precisa encarar as doenças causadas pela péssima qualidade do ar. Não é atoa que, segundo dados recentes divulgados pela USP, um morador da cidade de São Paulo chega a perder até três anos de vida para a poluição.          Fica evidente, portanto, a relação entre a mobilidade urbana, impactos ambientais e saúde. Nesse sentido é necessário que os Governos Municipais, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, façam a identificação do problema, levando em consideração as particularidades de cada município, assim como a melhoria dos transportes públicos, uma vez que eles poluem 17 vezes menos que os automóveis. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde, em articulação com as escolas e mídias sociais, a disseminação de informações que conscientizem sobre os benefícios dos transportes alternativos e incentivem seu uso. Dessa forma, alcançar-se-á uma melhor qualidade de vida para todos os brasileiros.