Materiais:
Enviada em: 24/07/2017

Superlotação de veículos. Prolongamento do tempo médio de deslocamento. Congestionamentos. Agravamento da poluição. Mal estar coletivo. Este cenário reflete as resultantes da crise no sistema de mobilidade brasileiro. É a partir desse quadro que, a importância política desse tema atinge outro patamar, colocando-o no centro do debate sobre o futuro da sociedade urbana no Brasil.      Em meio ao desenrolar do processo de urbanização, ocorrido ao longo do século XX, foi se alterando e se consolidando novas possibilidades de deslocamento. Mediante um contexto de profundas transformações demográficas, econômicas e sociais, formou-se um modelo específico de mobilidade urbana. Diversas formas de transporte que em outros tempos desempenharam papel importante na estruturação das cidades, foram sendo desarticuladas até o triunfo do automóvel a partir da década de 1990.     Além das mudanças que incluem a consolidação dos ônibus e a intensificação da motorização individual, ocorreu também uma proliferação de serviços decadentes e aumento no custo com transportes. Todos esses fatores encontram-se sedimentados na falta de investimento do Estado, na transferência da provisão de transporte para o setor privado e na desregulamentação do setor empresarial. É de fundamental importância a compreensão das diversas dimensões e individualidades locais, na formação de parâmetros para estudo, visando a elaboração de políticas públicas.      Portanto, surge a necessidade de implementações de políticas de mobilidade para a manutenção do modelo rodoviário, que prevalece sendo a força implacável do setor automobilístico. É de responsabilidade do Ministério dos Transportes em parceria com o Governo Federal investimentos objetivando uma melhora na qualidade do transporte público e uma redução no preço das passagens, parte dessa renda deve ser garantida por intermédio de pedágios urbanos e restrição de tráfego.