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Enviada em: 29/07/2017

Não é difícil recordar notícias sobre os impactos ambientais causados pela grande quantidade de dióxido de carbono liberada por veículos. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade em que os automóveis representam o principal meio de transporte. Neste contexto, a mobilidade urbana de baixo impacto ambiental encontram várias adversidades, uma vez que os centros urbanos não disponibilizam uma infraestrutura rodoviária adequada e não há uma política de incentivo a estes modais sustentáveis.           Um dos tópicos que devem ser abordados é a falta de investimentos na malha rodoviária voltada para o transporte sustentável. Pode se afirmar que os automóveis são herança do modelo fordista, este desenvolvido durante a segunda revolução industrial. Desde sua concepção são vistos como um avanço tecnológico, embora atualmente passaram a ser considerados como um vilão do efeito estufa, sobretudo pela excessiva emissão de dióxido de carbono. No Brasil, não foi diferente, durante o governo de Juscelino Kubitschek houve um investimento significativo na área de transportes, posto que a aquisição de veículos era estimulada. Essa herança ainda tem influenciado o espaço urbano atual; áreas dedicadas a veículos sustentáveis como, por exemplos, as ciclovias ainda recebem investimentos públicos pequenos em detrimento as verbas destinadas a outros modais.           Ademais, não há dúvidas que transportes de menor impacto ambiental não recebam a atenção adequada. É indubitável afirmar que o uso dos carros favoreça o crescimento econômico da indústrias de combustíveis fósseis. Assim, torna-se conveniente tanto para o setor privado quanto paro setor público o seu uso, levando a um comportamento de oposição ao processo de criação de veículos sustentáveis. Um fato bastante pertinente a esta conjuntura, foi a fabricação de um motor, por universitários, que utilizava a água como forma de combustível; essa notícia prometia revolucionar os meios de transportes, porém o projeto desapareceu repentinamente.  Pode-se afirmar que a compra da patente  por indústrias de combustíveis é aceitável, dado que ameaçaria suas atividades.           Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério dos transportes deve investir na ampliação das ciclovias e não limitar-se apenas a grandes centro urbanos; é indispensável que ocorra um crescimento de pelo menos 100% dessas áreas até o ano de 2025. Dando continuidade, o governo federal junto ao Ministério Legislativo tem a responsabilidade de criar uma lei em que as indústria de veículos destinem 20% dos seus lucros para pesquisas em universidades federais visando o desenvolvimento de meios de transporte de energia limpa . Só assim, a mobilidade urbana baseada em modais de baixo impacto ambiental deixará de ser um desafio.