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Enviada em: 17/08/2017

Desde a Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XVIII, a quantidade de CO2 na atmosfera aumentou cerca de 40%, fato que, segundo consenso da comunidade científica, gerou impactos diretos no atual processo de aquecimento global. Dessa forma, se faz urgente debater acerca dos desafios da mobilidade urbana de baixo impacto ambiental no país para que a vida no planeta continue a prosperar no futuro.      Nos anos 1950, o presidente JK escolheu atrair investimentos de grandes montadoras de automóveis multinacionais para dar continuidade ao processo de industrialização do país. O Brasil, então, foi cortado por rodovias e ruas largas para abraçar o transporte por carros (grandes emissores de gases estufa) como modelo hegemônico de mobilidade, o que ficou conhecido como "o paradigma do automóvel".     Em razão disso, há uma grande carência estrutural para a implementação de outros meios de transporte (ciclovias, trilhos, calçadas, etc). Segundo levantamento do portal de notícias G1, as ciclovias correspondem somente a 1% da malha viária das cidades brasileiras, embora existam mais de 70 milhões de bicicletas no país.      Nesse sentido, constata-se que, além das dificuldades estruturais, existe também uma barreira de ordem histórica, econômica e cultural a ser enfrentada para que alternativas "limpas" de locomoção sejam adotadas pela população brasileira.        Logo, é fundamental que o governo federal, tal como fez JK, se responsabilize por escolher e oferecer outros meios de transporte mais adequados para as necessidades atuais. Dessa forma, é possível seguir o exemplo da Inglaterra, onde foi determinada a proibição da venda de novos veículos movidos a gasolina ou diesel a partir de 2040, o que daria tempo para o Ministério dos Transportes remodelar a malha viária brasileira para que, além de carros elétricos, bicicletas e VLTs (Veículo Leve sobre Trilhos) circulem em quantidades cada vez maiores e com segurança.