Materiais:
Enviada em: 23/08/2017

Na obra " A bicicleta amarela" de Igor Colares, é retratada a história de um menina que adora andar de bicicleta, ato esse marcado pela graciosidade, emoção e tranquilidade. Entretanto, fora da ficção a situação parece ser contraria, haja vista que os meios de transporte alternativos não recebem muitos destaques no Brasil. Nesse contexto, convêm discutirmos, não só as causas, bem como os fatores que impedem o combate aos obstáculos da problemática em questão.            Em primeiro lugar, a infraestrutura precária contribui para o afastamento da mobilidade urbana de baixo impacto ambiental. Prova disso está na ausência de ciclovias e ruas com condições mínimas ao trafego, na qual a falta de sinalização e os perigos do transito distanciam os cidadãos a adotarem alternativas sustentáveis de transporte. Segundo pesquisa realidade pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em média 32 ciclistas são internados em hospitais, vítimas de atropelamentos e acidentes, fato esse cada vez mas constante.           Além disso, a falta de estímulo aliado à ideia de impotência intensificam o impasse. Isso porque,  diversos indivíduos não são incentivados a adotar condutas ambientais corretas, tais como utilizar transporte público e pegar carona com amigos, em vez de sair sozinho. Ainda mais, muitos consideram que um veículo a mais, ou a menos, não fará diferença alguma, logo é desprezível sua atitude. Consequentemente, essa ideia atinge outros seres, corroborando para persistência do problema. Isso se evidencia através da teoria de Francis Bacon - sociólogo contemporâneo- na qual é pautado que o comportamento do homem é "contagioso", sendo portando suscetível a influenciar e sofrer influências.              Fica clara, portanto, a necessidade de erradicar as barreiras que impedem o avanço da mobilidade de menos impacto ao ambiente. Para isso, é preciso que a Receita Federal aplique parte dos impostos arrecadados na criação de obras públicas, como ciclovias, para que a população possa utilizar meios que emitem menos poluição, e ainda ajudem na saúde física, além de melhorar a fiscalização e estruturação das já existentes. Em consonância, o Ministério da Educação deve promover campanhas e palestras nos meios de comunicação, escolas e centros públicos com temas envolvendo a importância da adoção universal dos meios de transporte menos poluentes. Ademais, a própria sociedade deve estar apta as mudanças propostas, e adotar as medidas impostas. Afinal, como a filosofia nos mostra com Platão, o importante não é apenas viver, mas viver bem.