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Enviada em: 13/08/2017

No que se refere aos desafios da mobilidade urbana de baixo impacto ambiental, é possível afirmar que a falta de um plano nacional de interligação modal dificulta a inserção de uma estrutura que priorize os transportes ecologicamente viáveis. Isso se evidencia não apenas pelo aumento no uso individual de veículos automotivos, mas também pela falta de incentivos para utilização de transportes alternativos.       Desde o período de instalação da indústria automotiva no Brasil, o país tem passado por diversas mudanças em seus meios de transporte. O uso de bondes, bicicletas ou até mesmo os descolamentos à pé foram gradativamente substituídos pela utilização de veículos automotivos. É comum presenciarmos um solitário motorista se deslocar para o seu local de trabalho em um veículo que comporta até cinco pessoas. Como consequência, verificamos os constantes congestionamentos ocorridos ao longo das principais avenidas brasileiras.       Outrossim, a falta de incentivos para utilização dos transportes coletivos potencializa os problemas encontrados nos grandes centros urbanos. Segundo o IBGE, nos últimos dez anos, a frota de veículos automotivos cresceu cerca de 70 por cento. Desse modo, os impactos ambientais são presenciados diretamente na saúde da população que sofre com problemas respiratórios, obstruindo os principais hospitais do país.       Urge, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de mitigar os problemas com a falta de gestão nos transportes ecologicamente viáveis. Para isso, o Ministério das Cidades, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento deve criar, por meio de uma equipe multidisciplinar, um programa de mobilidade urbana que contemple as especificidades de cada região, com o fito de auxiliar as diversas regiões na implantação do sistema. Ademais, as Unidade Federativas, em conjunto com a população, deve promover incentivos fiscais para quem optar pelo uso dos transportes coletivos, visando a gradual redução no uso dos transportes individuais. Com isso, será possível melhorar a qualidade de vida dos usuários.