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Enviada em: 14/08/2017

É de conhecimento geral que, desde o advento das máquinas a vapor, as fontes não renováveis de energia passaram a ser utilizadas em larga escala no transporte. O carvão mineral logo deu lugar ao petróleo, que hoje é a principal matéria de onde se originam combustíveis para os meios de locomoção motorizados. Nesse contexto, o meio ambiente sofre com a problemática que os impactos ambientais da combustão desses compostos geram, sendo necessário, então, indagar: como reduzir a utilização desses recursos?   Em primeiro plano, é válido considerar que a maioria dos meios de transporte utilizam derivados do petróleo como carburante para locomoção. De fato, isso ocorre pois a rápida produção, somada a grande demanda mundial por combustível, favorece a escolha das fontes não renováveis em detrimento das renováveis, que apresentam produção lenta. Basta analisar a criação do bioetanol, que depende do plantio e da colheita da cana de açúcar, soja ou milho, processo que pode levar vários meses. Contudo, o cenário futuro é preocupante pois a queima dos não renováveis libera quantidades grandes de CO2 na atmosfera, um dos principais responsáveis pelo aumento do efeito estufa.   Alem disso, a mobilidade urbana de baixo impacto se esbarra em questões políticas e sociais. Com efeito, poucos são os governos que valorizam o transporte "limpo" e um planejamento eficiente das ruas para abrigar outros tipos de locomoção. A melhor hipote para explicar esse fato é que a maioria dos cidadãos e governantes não estão dando a devida atenção aos problemas ocasionados pelos gases que saem dos veículos. Um estudo feito pela Companhia de Trafego na cidade de São Paulo notificou a presença de 330 km de ciclovia, para uma população de aproximadamente 12 milhões de pessoas. Pode parecer muito mas, quando comparada a municípios referencia no assunto, como Amsterdã, que possui 400 km de ciclofaixa para 830 mil habitantes, percebe-se o quanto a representante brasileira está atrasada. Tudo isso evidencia o descaso para com a implementação de  políticas públicas que promovam um transporte pouco poluidor.   É incontestável, portanto, que a mobilidade urbana de baixo impacto encontra barreiras pra ser efetivada. Sendo assim, é preciso que os países invistam na produção de biocombustíveis para que, gradativamente, os derivados do petróleo sejam substituídos por compostos renováveis. É preciso, também, implementar campanhas na internet e na televisão sobre os problemas relacionados a queima de derivados do petróleo e convocar a população para cobrar de seus representantes alternativas de locomoção que não os automóveis. A criação de ciclovias e transportes públicos de qualidade criarão condições para que se deixe os automóveis particulares em casa, reduzindo a emissão de poluentes.