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Enviada em: 30/08/2017

A recente dificuldade de implantação de uma intermodalidade de meios de transporte com baixo impacto no meio ambiente é fruto, dentre outros fatores, de uma política que começou no governo de Juscelino Kubitschek e foi copiada por seus sucessores, a qual privilegiou o modal rodoviário, ocasionando uma entrada maciça de indústrias automobilísticas estrangeiras no Brasil. Com isso, a população passou a optar por carros como meio de transporte, os investimentos em transporte coletivo forma deixados em segundo plano e, finalmente, nas grandes cidades brasileiras instalou-se um trânsito caótico e agressivo, o qual repele ciclistas e termina por poluir intensamente as cidades.             A partir da década de 1970, o Brasil passou a ser um país urbano, pois houve um intenso êxodo rural, o qual ocasionou um rápido crescimento das cidades. Contudo, esse inchaço urbano levou ao aumento da distância entre a moradia do brasileiro e o seu local de trabalho e, aliado a isso, a rede de transportes coletiva não conseguiu atender a essa crescente demanda, dessa forma, a alternativa mais simples encontrada pela população foi a obtenção de carros e motos e, assim, houve um grande aumento nas emissões de gás carbônico nas cidades.  É importante destacar que a incapacidade da rede de transportes públicos de atender a grande demanda da população desde 1970 até os dias de hoje ocorre, dentre outros motivos, por ter sido uma questão relegada a segundo plano pelo governo brasileiro e, também, pelo forte lobby de indústrias automobilísticas estrangeiras, desse modo, veículos coletivos ecologicamente eficientes foram deixados de lado devido a interesses particulares e, consequentemente, agravando a poluição urbana.  Outro fator complicante para o meio ambiente, que é também consequência da maciça presença de automóveis nas grandes cidades do país, é a violência do trânsito, a qual vitima em média 32 ciclistas por dia, segundo informação do Bom Dia Brasil, sendo comuns os casos de desrespeito por parte dos motoristas, que invadem as marcações das ciclovias, tornando ariscado o uso de bicicletas.  Em vista dessa realidade, nota-se que para o Brasil obter uma transformação de sua rede intermodal atual para uma mais ecológica, há a necessidade de as redes de televisão conscientizarem a população através de propagandas sobre a necessidade de se reduzir o uso de carros, visando o desafogamento do trânsito, ademais, cabe às empresas em parceria com os governos municipais adotarem linhas de fretados para funcionários, tornando assim, o transporte de trabalhadores eficiente.   Por fim, precisa-se que universidades juntas com autoescolas criem palestras para educar os novos condutores sobre a necessidade do respeito aos ciclistas e, assim, permitir uma melhora na mobilidade urbana, reduzindo a poluição gerada pelo Brasil e, dessa forma, preservando o país para o futuro.