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Enviada em: 28/08/2017

Os desafios relativos a mobilidade urbana no Brasil, provêm de estratégias políticas voltas a atender o interesse de investidores estrangeiros. Durante o governo de Juscelino Kubitscheck a implementação de rodovias foi altamente incentivada, afim de atrair os investimentos da indústria automobilística, para tal, foi construída uma grande rede de rodovias interligado as mais diversas regiões do Brasil. Esse projeto também envolveu a paralisação dos investimentos no sistema ferroviário que era mais barato, eficiente, e atendia melhor a demanda da nação além de poluir menos. Mediante esse cenário se faz necessário mudanças afins de intervir nesse sistema, possibilitando maior mobilidade com menos prejuízo a natureza.       O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI), a baixa qualidade do transporte público e a pequena quantidade de ciclovias contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse, excesso da emissão de dióxido de carbono e outros. Como resultado desse processo, tivemos uma explosão no uso de automóveis, o que afetou a qualidade de vida nas metrópoles.      A questão da mobilidade urbana surge como um novo desafio às políticas ambientais e urbanas. Nesse cenário, fica evidente que esse padrão de mobilidade centrado no transporte motorizado e individual é insustentável, tanto no que se refere à proteção ambiental quanto no atendimento das necessidades de deslocamento que caracterizam a vida urbana. A problemática da relação entre o meio ambiente urbano e a qualidade de vida se apresenta óbvia uma vez que o ser humano se relaciona com o ambiente no qual se insere, e deve, portanto, vivenciar e enfrentar os graves problemas causados pela degradação rotineiramente.       Tendo em vista a insustentabilidade do modelo atual algumas medidas são necessárias com intuito de intervir nessa situação caótica. Os governantes devem implementar projetos similares ao de bicicletas compartilhadas, bem com a ampliação das ciclovias reduzindo assim a emissão de gases poluentes e diminuindo a quantidade de carros do trânsito. O Poder Executivo deve aumentar os impostos sobre veículos motorizados e reduzir o das bicicletas, afim de estimular o uso das mesmas. Campanhas publicitárias devem ser desenvolvidas e circuladas em rede nacional estimulando o uso de bicicletas, mostrando os benefícios que o uso da mesma traria tanto para a saúde do indivíduo quando para a melhoria do trânsito, além da redução da emissão de gases poluidores.