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Enviada em: 25/08/2017

Aumento nas tarifas. Superlotação. Infraestrutura precária. Veículos sem manutenção. Essas descrições contrariam o que prevê a Constituição Federal acerca do bem estar social. Durante o governo de JK na década de 1950, houve grandes investimentos no modelo desenvolvimentista ampliando o poder aquisitivo da população, a fim de estimular a compra do carro próprio. Apesar dos automóveis serem tão populares e amplamente utilizados, reconhecer os impactos negativos causados à sociedade e ao meio ambiente é elementar.     Primeiramente, é possível perceber que apesar de o acesso a transporte de qualidade ser um direito social de qualquer cidadão, os esforços públicos a fim de garanti-los ainda se mostram ineficazes. Logo é difícil imaginar pessoas de classes media e alta preferirem meios coletivos em locais com ônibus e metrôs em números insuficientes que percorrem longos percursos, gerando superlotação, congestionamentos, estresse e cansaço diário. Ademais, cabe dizer que o projeto predominantemente rodoviarista adotado no país no governo JK carece da participação de outros modais, como o cicloviário que alem de contribuir para a economia financeira, reduz o esgotamento físico e emocional.     É imprescindível notar que em conjunto com os congestionamentos vem a poluição ambiental, causada pela liberação de dióxido de carbono na atmosfera. Diante disso percebe-se a real necessidade de desenvolver meios alternativos para reverter essa situação. Na cidade de Fortaleza, a prefeitura lançou o projeto Bicicletar, na qual foram instalados postos de bicicletas para uso compartilhado, com o intuito de atenuar impactos ambientais, desobstruir o transito, alem de melhorar o bem-estar social da população. De acordo com estatísticas, essa medida já conteve a emissão de duzentas toneladas de CO2.     Infere-se, portanto que desenvolver medidas para sanar essa problemática é primordial. Posto isso, cabe ao Governo contribuir financeiramente, aplicando as verbas destinadas aos transportes na sua manutenção e acessibilidade, alem de investir na maior integração entre os modais. As prefeituras, por sua vez, deveriam aumentar o numero de ciclovias e desenvolver projetos para empréstimos de bicicletas. Por fim, as escolas precisam promover aulas sobre educação ambiental com o objetivo de não só debater esse assunto, mas também promover a criação de medidas para estimular o transporte de baixo impacto ambiental. Desse modo, será possível reduzir o estigma brasileiro de país de urbanização desestruturada.