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Enviada em: 31/08/2017

Com a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, o mundo passou por intensos avanços tecnológicos. Por consequência do desenvolvimento, ocorreram mudanças no espaço geográfico, como o crescimento e a superlotação das cidades. Tais mudanças influenciaram o Brasil contemporâneo, dificultando a mobilidade urbana no país. Nesse contexto, é necessário analisar como a herança histórico-cultural e o poder público causam tal problema e como combatê-lo.       A herança histórico-cultural é a principal responsável pela péssima mobilidade urbana no país. Isso decorre do século XX, quando o presidente Washington Luiz criou uma política que incentivava a formação de rodovias, visando o desenvolvimento do país. Entretanto, devido à falta de planejamento do projeto e os movimentos migratórios pendulares dos trabalhadores, o fluxo nas cidades tornou a locomoção uma tarefa difícil. A sociedade então, por manter os padrões do passado, sofre com as consequências. Dentre elas, o tempo de deslocamento exacerbado e a baixa qualidade de vida no trânsito.         Além disso, nota-se, ainda, que o poder público também dificulta a mobilidade urbana. Segundo o filósofo John Locke, a sociedade constitui o Estado com o intuito de garantir seus direitos. Entretanto, o Estado brasileiro não está garantindo o direito de ir e vir da população. Isso porque, além de não investir em transportes públicos adequados ou em calçadas regulares para deficientes físicos, incentiva a população a comprar transportes individuais para, assim, melhorar a economia do país. Por consequência disso, o trânsito nas cidades é caótico, os transportes públicos são precários, e o deslocamento de deficientes é quase impossível.         Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para melhorar a mobilidade urbana. Em razão disso, o governo deve aproveitar o porte geográfico do país e investir recursos em projetos alternativos, como a criação de ciclovias e hidrovias, além de reformar as calçadas do país, garantindo, assim, maior acessibilidade aos deficientes físicos. Ademais, empresas de iniciativa privada de transportes, como as de ônibus, devem revisar e reestruturar seus produtos de modo a atender as necessidades da população, assegurando conforto, segurança e agilidade no deslocamento. Dessa forma, a mobilidade urbana poderá deixar de ser um problema.