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Enviada em: 01/09/2017

Potência promissora       Segundo Aristóteles, todas as coisas estão em constante movimento de ato (condição atual) à potência (manifestação do ser). Ao fazer alusão à contemporaneidade, percebe-se que a dinâmica de mobilidade vigente no Brasil dificulta não somente a perspectiva do indivíduo, como também determina uma potência defasada para o meio ambiente.       O modelo de transporte predominante no país é o rodoviário. Apesar de não ser o mais adequado, foi o escolhido pelo ex-presidente Juscelino Kubitscheck na década de 50. Por esse motivo, o forte investimento na indústria automobilística internalizou na cultura do brasileiro a ambição pelo carro próprio. Esse fator, associado ao fenômeno da macrocefalia urbana evidenciou a emissão de gases estufa através dos motores a combustão. Além disso, a falta de alternativas eficientes e seguras reforça a ideia de que o veículo particular é a melhor opção.       A desigualdade espacial também é um aspecto agravante. Diferentemente dos países planejados, no Brasil a maior parte da população de baixa renda mora nas periferias, o que acentua a demanda por transportes públicos a longas distâncias. Sendo assim, a falta de investimentos singulares em meios mais eficazes tem como consequências conduções lotadas, engarrafamentos, desgaste mental e poluição persistindo por mais tempo. Por conseguinte, a não renovação e manutenção desses automóveis resulta em combustões incompletas nos seus motores, este processo emite subprodutos como monóxido de carbono, um gás altamente asfixiante e fuligem, tornando-se ainda mais prejudicial ao espaço.       É imperativo, portanto, que a curto prazo o governo invista em ciclovias e em metrô com bicicletários confiáveis, considerando os baixos níveis de poluição desses meios. Ademais, a segurança nas vias deve ser garantida, visto que a violência persistente também é a causa desencorajadora desses recursos. Em paralelo, para evitar os subprodutos na reação química, é imprescindível manter a vistoria dos transportes em dias, fazendo a troca de motores quando necessário. Por fim, o Ministério do meio ambiente em conjunto com as secretarias municipais devem implementar no código de obras o compromisso com o plantio de árvores e a produção obrigatória de "telhados verdes", com o objetivo de sequestrar o carbono emitido diariamente. Assim, o estado de potência urbano, social e ambiental será prospero e salutar.